Você já tentou cortar a unha do seu gato e acabou levando um arranhão de lembrança? Se sim, saiba que você não está sozinho. Muitos tutores enfrentam esse desafio com receio, mas a verdade é que cortar a unha do gato pode ser um processo simples e sem estresse — desde que você entenda a técnica, o momento certo e o comportamento felino por trás disso. Com a abordagem certa, até os gatos mais ariscos podem colaborar (ou pelo menos não fugir para debaixo da cama).
Como cortar a unha do seu gato com mais facilidade
Cortar a unha do seu gato não precisa ser um campo de batalha. A chave é transformar a experiência em algo rotineiro, quase prazeroso. Para isso, você vai precisar de paciência, um cortador próprio para gatos (ou um alicate de unha pequeno e bem afiado) e um ambiente calmo.
O melhor momento para aparar as garras é quando o gato está relaxado — depois de uma soneca ou durante uma sessão de carinho, por exemplo. Evite fazer isso quando ele estiver agitado ou com fome. Posicione-o no seu colo, envolto levemente em uma toalha (isso ajuda a conter os movimentos, sem causar desconforto), e vá com calma: comece com uma patinha por vez.
Onde exatamente cortar (e onde não)
Uma das maiores dúvidas é: “Até onde posso cortar?”. A resposta está na coloração da unha. As unhas dos gatos são translúcidas, e você consegue ver uma área mais rosada chamada sabugo — é ali onde ficam os nervos e vasos sanguíneos. Cortar essa parte dói, e muito. Por isso, sempre deixe uma margem de segurança de 1 a 2 mm antes dessa região.
Se a unha for muito escura, o ideal é cortar só a pontinha e parar. Melhor repetir o processo em uma nova sessão do que arriscar machucar o animal.
Crie uma rotina desde cedo
Gatos filhotes tendem a aceitar melhor o corte de unha, principalmente se for introduzido como parte da rotina desde cedo. Acostumá-los ao toque nas patas e ao som do cortador é um passo importante. Para gatos adultos que nunca passaram por isso, o ideal é ir com muita paciência — você pode começar apenas tocando nas patas por alguns dias, depois simular o corte e só então partir para a ação.
Se o seu gato for muito resistente, tente cortar uma unha por dia. É melhor demorar uma semana inteira do que traumatizar o animal logo de cara.
E se ele resistir?
Nem todo gato vai cooperar, e tudo bem. Se o seu é do tipo que vira um furacão ao menor sinal do cortador, há estratégias que podem ajudar. Uma delas é usar recompensas: petiscos especiais, sachês ou até brinquedos novos, logo após o corte, criam uma associação positiva.
Outra dica é observar se o gato se comporta melhor com outra pessoa presente. Às vezes, uma segunda pessoa ajuda a segurar o animal com delicadeza, o que facilita muito o processo.
Por que cortar a unha do seu gato regularmente
Muita gente ainda acha que gatos não precisam cortar as unhas, especialmente se vivem dentro de casa. Mas o corte é essencial. Unhas longas podem enroscar em tecidos e brinquedos, causar dor ao caminhar e até crescer tortas, entrando nas almofadinhas das patas.
Além disso, quanto mais afiadas as garras, maiores os riscos de acidentes durante uma brincadeira ou carinho. A frequência ideal varia de acordo com o gato, mas no geral, a cada 15 a 20 dias já é suficiente para manter tudo em ordem.
Vale a pena levar no veterinário?
Sim, principalmente nas primeiras vezes. Um profissional pode mostrar como fazer corretamente e até cortar as unhas por você, se preferir. Isso também é útil para animais muito nervosos ou com histórico de trauma. Com o tempo, muitos tutores ganham confiança e conseguem manter essa rotina em casa sem problemas.
No entanto, se seu gato apresentar resistência extrema, tremores, respiração ofegante ou sinais de pânico, respeite o limite dele. Nesse caso, a ida ao veterinário não é frescura — é cuidado.
Cuidar das unhas do seu gato é um gesto pequeno, mas cheio de significado. Mostra que você se importa com o bem-estar dele e está atento à saúde geral, já que garras em bom estado evitam infecções, dor e até alterações no comportamento. Transforme esse momento em mais uma forma de conexão com seu gato — e não em um campo de batalha. Ele agradece, mesmo que não demonstre.
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