Um Porão do Rock ainda maior

img 9776

A primeira noite do Porão do Rock 2025, nesta sexta-feira (23), marcou o início de uma nova fase do maior festival de rock do Centro-Oeste. Com bandas consagradas no Brasil e no exterior, como Sepultura, Raimundos e CPM 22, o evento mostrou força e renovação ao reunir também artistas iniciantes que despontam no cenário alternativo.

Distribuído em três palcos, o line-up colocou bandas brasileiras, norte-americanas e argentinas para se revezarem sem deixar o público parado. A abertura ficou por conta dos brasilienses do Raimundos, que trouxeram sucessos da carreira e novidades do novo álbum lançado na última semana.

“Estamos muito felizes. O Porão é a nossa casa. Gustavo e toda a equipe estão há anos nessa luta, mantendo o rock vivo. É uma honra fazer parte”, comentou Digão, vocalista da banda. “O rock precisa se fortalecer. Está ali no underground, tem uma galera chegando, mas é preciso união pra jogar pra cima”, completou.

img 9764
Raimundos. – Foto: Rodrigo Lima/Jornal de Brasília

Logo depois, o CPM 22 fez o público cantar junto sucessos como Um Minuto para o Fim do Mundo, Dias Atrás e Não Sei Viver Sem Ter Você. Com mais de 25 apresentações em Brasília ao longo da carreira, o vocalista Badauí destacou o papel do festival: “É um festival que valoriza as bandas grandes, mas também quem está começando. Isso é muito importante. Sempre que a gente toca aqui é especial.”

CPM 22
CPM 22. – Foto: Rodrigo Lima/Jornal de Brasília

Encerrando a noite no palco principal, o Sepultura entregou um show histórico. Em turnê de despedida e celebrando 40 anos de estrada, a banda fez o que deve ter sido sua última apresentação na capital federal — deixando o peso e a emoção no palco do Porão.

A força do alternativo

Quando muitos achavam que o show do Sepultura marcaria o fim da primeira noite, a programação ainda guardava surpresas. O palco alternativo da Arena BRB recebeu o Dead Fish, que incendiou o público com clássicos do hardcore nacional. “A gente veio pra cá há mais de 25 anos. Brasília tem um tempero próprio. Tem gente que nos conhece há décadas e uma galera nova ali na frente. Isso é incrível”, afirmou Rodrigo Lima, vocalista da banda.

“Talvez eu esteja meio datado, mas acho importante o moleque novo ver que tem gente trabalhando há anos nisso aqui. Pode ser pretensioso, mas talvez eu seja um exemplo… mais ou menos”, refletiu.

Seguindo os passos de bandas como o Sepultura, o trio mineiro Black Pantera mostrou por que é considerado uma das novas forças do rock nacional. Já o grupo argentino Fin Del Mundo surpreendeu quem ainda não conhecia seu trabalho. Vindas diretamente da Patagônia, as quatro integrantes entregaram potência, presença e vigor em um show que consolidou seu espaço entre os brasileiros.

Outro destaque foi a banda mineira Pense, que levou o público às rodas de hardcore com a energia de sempre — um show visceral e sem concessões.

Mais que um festival

Com estrutura ampliada, o Porão do Rock 2025 apostou também em experiências além da música. A Arena BRB contou com tirolesa, pista de skate e até um caminhão monstro — em sintonia com o espírito dos grandes festivais mundo afora. “Ano passado decidimos não realizar o festival justamente para preparar essa nova fase”, revelou Gustavo Sá, idealizador do evento desde 1998.

img 9793 (1)
Gustavo Sá. – Foto: Rodrigo Lima/Jornal de Brasília

E ainda vem mais por aí

O segundo dia do festival acontece neste sábado (24) e promete ser tão intenso quanto o primeiro. O encerramento da noite fica por conta do Stone Temple Pilots, um dos nomes mais importantes do rock mundial. Também sobem ao palco Baianasystem, Matanza Ritual, Terno Rei, The Mönics, Cezar Degraf, entre outros. Os portões abrem às 16h.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.