
Eram dois funcionários da granja e três do zoológico focos de gripe aviária em Montenegro e Sapucaia do Sul. Eles tiveram sintomas gripais. Escavadeira abre buraco em chão de granja avícola na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul, após a confirmação de caso de gripe aviária.
REUTERS/Diego Vara
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) divulgou, na manhã deste sábado (24), que exames feitos em cinco pessoas que tiveram contato com aves infectadas por gripe aviária no Rio Grande do Sul deram resultado negativo, ou seja, elas não contraíram a doença.
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De acordo com a SES, as pessoas são dois trabalhadores da granja em Montenegro, onde o foco da doença é considerado encerrado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e três funcionários do zoológico de Sapucaia do Sul, com foco em andamento.
“[Os funcionários] apresentaram sintomas gripais. Todos tiveram contato com aves doentes permanecendo em isolamento domiciliar”, diz a SES.
⚠️ A gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves e ovos, diz o Ministério da Agricultura. O Brasil nunca teve um caso de gripe aviária em humano.
As coletas de amostras dos funcionários foram realizadas no mesmo dia da notificação dos casos e encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/RS), que enviou à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro (RJ), laboratório de referência nacional para vírus respiratórios. Os cinco casos foram descartados para Influenza H5N1.
➡️ O H5N1 é um subtipo do vírus Influenza que atinge, predominantemente, as aves. Os vírus Influenza são divididos entre os de Baixa Patogenicidade (LPAI, leve) e os de Alta Patogenicidade (HPAI, grave).
Segundo o Plano de Contingência do Estado, as pessoas expostas devem ser monitoradas por um período de até dez dias após a última exposição conhecida às aves e outros animais. Para que um caso humano seja oficialmente considerado suspeito, é necessário que haja, simultaneamente, evidência clínica (presença de sintomas) e evidência epidemiológica.
Desde o dia 16 de maio, trabalhadores e funcionários desses locais estão sendo monitorados pela vigilância com o objetivo de identificar sinais e sintomas compatíveis com a definição de caso suspeito conforme os protocolos estabelecidos para a vigilância da doença.
Vazio sanitário
O governo do RS anunciou que a granja de Montenegro, onde foi identificado um foco de gripe aviária, teve sua limpeza e desinfecção concluídas na quarta-feira (21). Com isso, segundo o Mapa, o prazo de 28 dias para que o país seja considerado livre da doença, caso não haja novo foco, começou a ser contado na quinta-feira (22): é o chamado “vazio sanitário”.
➡️ Esse período é essencial para garantir que não haja vestígios do vírus no ambiente antes da retomada das atividades na granja, contribuindo para a contenção da doença e a segurança sanitária da avicultura na região, informa o Mapa.
Granja com caso de gripe aviária em Montenegro (RS)
REUTERS/Diego Vara/File Photo
Focos confirmados no RS: granja e zoológico
O g1 e a RBS TV confirmaram que o foco inicial da doença foi em uma propriedade rural que tem vínculo com a Vibra Foods em Montenegro. De acordo com a empresa, “todas as Informações sobre gripe aviária no Brasil devem ser atualizadas com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Secretaria de Agricultura e Ministério da Agricultura”.
O aviário tinha 17 mil aves e a maioria morreu em consequência da doença. As demais foram sacrificadas.
Além da contaminação na granja, a gripe aviária também foi confirmada no Zoológico de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre, causando a morte de mais de 90 aves silvestres.
Os vírus detectados na granja e no zoológico têm a mesma cepa, conforme o Ministério da Agricultura. Segundo a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, “ainda não dá para dizer que há relação direta entre os dois [casos]”.
Zoológico de Sapucaia do Sul
Gustavo Mansur/Palácio Piratini/ Arquivo
Raio X da produção e venda de carne de frango do Brasil
arte g1
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