MPDFT reforça campanha “Cartão Vermelho para o Racismo” em jogos da Copa do Brasil

Foto: Divulgação/MPDFT

“Não é só falta grave. É cartão vermelho para o racismo” foi o lema que estampou as arquibancadas e os gramados do Estádio Mané Garrincha, em Brasília, durante dois jogos da terceira fase da Copa do Brasil. A campanha, promovida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) em parceria com a Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus-DF) e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), teve como objetivo reforçar o combate ao racismo nos estádios de futebol.

As ações ocorreram nos dias 21 e 22 de maio, durante os confrontos entre Fluminense e Aparecidense, e Capital e Botafogo, respectivamente. Em ambas as partidas, o MPDFT, por meio da Comissão Permanente de Prevenção e Combate à Violência nos Estádios, marcou presença e reafirmou seu compromisso com a promoção da igualdade racial e o enfrentamento à discriminação.

Antes do apito inicial, os jogadores de ambas as equipes entraram em campo segurando uma faixa com o slogan da campanha. O árbitro conduziu um minuto de silêncio em homenagem à causa, enquanto torcedores e autoridades erguiam cartões vermelhos — símbolo da campanha — distribuídos na entrada do estádio como ato de repúdio ao racismo.

Lançada oficialmente em 4 de maio pela Sejus-DF em parceria com a CBF, a campanha “Cartão Vermelho para o Racismo” conta com o apoio de diversas instituições, incluindo o MPDFT e a Federação de Futebol do DF. A proposta é transformar os estádios em ambientes seguros, diversos e igualitários.

“O esporte deve ser um espaço de inclusão e cidadania. Ao apoiar essa campanha, o MPDFT reafirma seu papel institucional na defesa dos direitos fundamentais e no enfrentamento de todas as formas de violência e preconceito”, declarou o procurador Eduardo Sabo, coordenador da Comissão do MPDFT.

Além de promover a campanha, a Comissão acompanhou os jogos com o objetivo de fiscalizar o cumprimento da Lei Geral do Esporte e garantir a segurança dos torcedores. A partida entre Fluminense e Aparecidense reuniu cerca de 10 mil pessoas, enquanto o jogo entre Capital e Botafogo atraiu 12 mil torcedores.

Segundo o procurador Eduardo Sabo, os eventos transcorreram de forma tranquila. “Tanto a entrada no estádio quanto a dispersão dos torcedores após as partidas ocorreram em perfeita harmonia”, avaliou.

Também estiveram presentes na ação os promotores de justiça Ricardo Contardo, Marcel Nóbrega e Cláudio Freire, além de representantes do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), reforçando o engajamento institucional no enfrentamento ao racismo no esporte.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.