O Governo do Distrito Federal (GDF) prorrogou em oito dias o prazo para a conclusão da transferência da gestão da Rodoviária do Plano Piloto para o Consórcio Catedral, liderado pela RZK Empreendimentos Imobiliários Ltda. Inicialmente previsto para terminar na última quinta-feira (22), o período de transição passa a se estender até o próximo domingo (1º). A gestão compartilhada entre governo e iniciativa privada começou em 22 de fevereiro e teria duração de 90 dias.
Segundo o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves, o adiamento atende a dois pontos principais: a necessidade de mais tempo para realocar os ambulantes instalados na plataforma superior, em frente ao Conjunto Nacional — área que pertence à concessão — e a adequação da contratação de equipes operacionais, como limpeza, vigilância e fiscalização, ao início de um novo mês, o que facilita os trâmites trabalhistas.
“A prorrogação foi solicitada pela concessionária. A semana extra permitirá a desocupação da área e o início formal dos contratos a partir do dia 1º, sem prejuízos à concessão”, afirmou Gonçalves.
Concessão de 20 anos prevê investimentos de R$ 120 milhões
A concessão da Rodoviária do Plano Piloto foi vencida pelo Consórcio Catedral, responsável pela recuperação, modernização, conservação e exploração do espaço por um período de 20 anos. O contrato também abrange os estacionamentos superiores e inferiores próximos ao Conjunto Nacional e ao Conic, que passarão a ser rotativos. O consórcio planeja investir R$ 120 milhões na infraestrutura do terminal, por onde circulam cerca de 600 mil passageiros diariamente.
Durante o evento de início da transição, em fevereiro, o governador Ibaneis Rocha se comprometeu a garantir espaço de trabalho para os ambulantes, seja na própria rodoviária, seja em outros pontos. Em março, cerca de 100 deles foram relocados para o estacionamento da plataforma superior. Um grupo de trabalho coordenado pela Secretaria de Governo (Segov) está agora encarregado de definir novos locais para esses profissionais a partir de junho.
Primeiras melhorias já são sentidas pelos usuários
Desde o início da transição, os usuários já notaram mudanças no terminal. Houve intensificação das ações de zeladoria, como lavagem das plataformas e vias de acesso, além de manutenção em escadas rolantes, elevadores e trechos danificados do pavimento. Na segurança, além do posto da Polícia Militar do DF (PMDF), foi instalado um sistema de videomonitoramento com 62 câmeras — 32 da própria rodoviária e 30 da PMDF.
Apesar da modernização da gestão, o GDF assegura que não haverá reajuste nas tarifas do transporte público até o fim de 2026. O programa Vai de Graça, que garante gratuidade nos ônibus aos domingos e feriados, também será mantido.
Prazos para obras e modernização
Com a gestão integral a partir de 1º de junho, o consórcio deverá cumprir os seguintes prazos contratuais:
- Em até 48 meses: entrega das obras de recuperação estrutural, requalificação das edificações existentes e implantação dos sistemas operacionais.
- Em até 72 meses: finalização das obras de modernização completa do complexo rodoviário.
A expectativa do GDF é de que a nova administração traga mais conforto, segurança e eficiência para os milhares de usuários que passam diariamente pela principal rodoviária da capital.
Com informações da Agência Brasília