O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado morreu nesta quinta-feira (23), aos 81 anos, em Paris. A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, ONG fundada por ele e sua esposa, Lélia Deluiz Wanick Salgado. O artista enfrentava complicações decorrentes da malária.
Internacionalmente reconhecido por seus trabalhos em preto e branco, Salgado dedicou sua carreira a temas humanitários, sociais e ambientais. O Instituto Terra ressaltou que sua obra e vida foram exemplos de esperança e ação transformadora em prol da humanidade e do meio ambiente.
Nascido em Aimorés (MG) em 1944, Salgado se formou em economia e iniciou sua trajetória fotográfica em 1974, após viajar pela África durante seu trabalho para a Organização Mundial do Café. Sua carreira como fotojornalista freelancer em Paris o consagrou mundialmente, com prêmios como o Eugene Smith de Fotografia Humanitária e o ICP Infinity.
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte do fotógrafo, destacando seu inconformismo com a desigualdade e seu talento para retratar os oprimidos, afirmando que sua obra será sempre um clamor pela solidariedade.
Em 2012, Salgado lançou a expedição “Gênesis”, fruto de oito anos de trabalho para mostrar a beleza intocada do planeta. Recentemente, preparava uma exposição com mais de 400 obras na França, que abordaria a relação entre humanidade e natureza.
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