Entidades de combate ao antissemitismo lamentam ataque em Washington

Foto: Alex WROBLEWSKI / AFP

FOLHAPRESS

Diversas entidades de combate ao antissemitismo e de defesa ao Estado de Israel se pronunciaram nesta quinta-feira (22) a respeito do ataque a tiros em frente ao Museu Judaico de Washington, nos Estados Unidos. O atentado matou dois funcionários da embaixada de Tel Aviv na cidade.

As vítimas, Yaron Lischinsky e Sarah Lynn Milgrim, eram um casal que tentava promover a reconciliação entre israelenses e palestinos, segundo grupos de defesa aos quais cada um pertencia. Eles planejavam se casar em breve, segundo pessoas próximas.

A Fisesp (Federação Israelita do Estado de São Paulo) manifestou pesar pelas mortes. “Neste momento, nossa solidariedade se volta às famílias das vítimas, à comunidade judaica americana e ao Estado de Israel. Que a memória de Sarah e Yaron seja um chamado à vida, à justiça e à resistência contra todo tipo de intolerância”, afirmou a entidade.

A Conib (Confederação Israelita do Brasil) enviou “condolências e solidariedade aos familiares e amigos das vítimas”. “O terrível ataque terrorista que matou os jovens Yaron Lischinsky e Sarah Lynn Milgrim, funcionários da embaixada de Israel em Washington, mostra como a campanha de ódio contra o Estado judeu estimula a violência antissemita contra os judeus pelo mundo e tem efeitos mortais”, afirmou a organização.

O ex-presidente da Conib e atual comissário da OEA (Organização dos Estados Americanos) para monitoramento e combate ao antissemitismo, Fernando Lottenberg, também lamentou o assassinato do casal.

“O que estamos vendo e vivendo é um perigoso ciclo de manifestações e um movimento pedindo a ‘globalização da intifada’, que só aumentam o gatilho do ódio contra judeus. Neste movimento, presente em diversos países, incluindo os EUA, o antissemitismo, travestido de antissionismo, só encoraja crimes como o que foi tragicamente registrado”, afirmou.

Já o comissário do governo alemão para o combate ao antissemitismo, Felix Klein, afirmou que havia motivos para temer que o tiroteio em Washington pudesse inspirar imitadores “até mesmo em nossas próprias ruas”. “Como sociedade, devemos, portanto, permanecer alertas, e as medidas de segurança para as instituições judaicas também devem ser reforçadas na Alemanha”, disse à imprensa local.

A IsraAid, organização de ajuda humanitária sediada em Israel, se disse chocada com o incidente. “Nossos corações estão com suas famílias e entes queridos diante desta perda sem sentido. Que sua memória seja uma bênção”, afirmou.

Funcionários da entidade foram os palestrantes principais do evento que ocorria no local do ataque, a Recepção de Jovens Diplomatas. O encontro reuniu judeus com a comunidade diplomática de Washington e tinha como objetivo levar ajuda humanitária a Gaza com a colaboração israelense-palestina, segundo a IsraAid.

“Nós e todos os participantes nos reunimos com o objetivo de encontrar soluções práticas para a crise humanitária em Gaza e demonstrar que trabalhar juntos é o único caminho para o bem de todos na região. A ironia brutal e trágica de que tal evento -motivado por princípios humanitários- tenha sido alvo de mais violência é de cortar o coração”, disse a organização.

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