“O dia do todo é a véspera do nada”. A frase é de um experiente professor de Direito. Ela alerta advogados iniciantes que não se precipitem por momentos no meio de um julgamento. No caso, ele se referia aos depoimentos esta semana, como testemunhas, dos ex-comandantes do Exército general Freire Gomes e da Aeronáutica brigadeiro Baptista Júnior no julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) da tentativa de golpe.
Primeiro, Freire Gomes tentou amenizar a narrativa sobre a trama do golpe, numa linha que poderia beneficiar a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos demais réus.
Os advogados comemoraram. Um dia depois, porém, Baptista Júnior colocou de novo o voo numa rota turbulenta para os réus, ao confirmar de forma contundente toda a trama. Esse advogado ensina: um julgamento só termina mesmo depois de dada a sentença. É o que comenta Rudolfo Lago no JBrNews de hoje.
