Transporte: CNT defende mais investimento em infraestrutura resiliente

O Brasil está presente no Fórum Internacional de Transporte, que acontece em Leipzig na Alemanha. Tiago Veras, gerente executivo de desenvolvimento do Transporte, da Confederação Nacional do Transporte (CNT), abordou, em palestra nesta quarta-feira (21/5), os desafios do Brasil diante de alguns choques globais, trazendo soluções para enfrentar esse problema.

Em entrevista após a apresentação, Tiago respondeu:

“Os desafios da complexidade atual do mundo, uma série de novos eventos disruptivos, uma série de mudanças que acontecem, na verdade, em uma série de áreas, na questão social, na questão ambiental, geopolítica, mesmo no ambiente de negócios, há também riscos tecnológicos. A CNT acompanha esses temas procurando dar a conhecer ao transportador as informações que são relevantes para que eles tomem decisões precisamente num mundo tão incerto, tão cheio de incertezas”.

Solução

“É preciso de fato que haja um melhor nível de preparação para esses riscos, tanto do setor privado, e a gente está falando aqui dos transportadores, das empresas e também do setor público. É preciso que haja uma melhor preparação para esses eventos, é preciso que haja um maior investimento, por exemplo, em infraestrutura resiliente, ou seja, que resiste melhor aos eventos climáticos extremos, a vários tipos de ameaças que podem acontecer, justamente para que essas infraestruturas possam continuar servindo ao seu usuário, ao transportador, às pessoas que querem se deslocar de um lugar para o outro.”

Descarbonização

O Brasil está se esforçando para avançar na descarbonização e eletrificação dos modais de transporte. Durante evento internacional, o representante da Confederação Nacional de Transportes (CNT) destacou a necessidade de soluções que promovam a transição energética em direção a fontes de energia mais limpas. Essa aposta em tecnologias mais sustentáveis é considerada positiva e necessária para o futuro.

Segundo Tiago, o setor de transporte no Brasil já está implementando medidas voltadas para a descarbonização, e existe uma intenção clara de eletrificar diversos modais. Embora desafios persistam, é fundamental que tanto o setor público quanto o privado se preparem adequadamente para enfrentar riscos climáticos e imprevisíveis, apostando em infraestrutura resiliente.

“Todo tipo de solução que convirja, de fato, para a transição energética, para fontes de energia mais limpas, são muito positivas e devem ser perseguidas. O setor do transporte, a CNT tem medidas nesse sentido, trabalha para que haja, de fato, uma descarbonização. Mas a gente tem ainda hoje uma matriz energética, as fontes de energia do setor, sobretudo do rodoviário, são ainda de fonte fóssil. Mas há muitas iniciativas muito boas de energias alternativas e não apenas uma”, exaltou.

A descarbonização requer adaptações específicas às condições locais, mas o Brasil se mostra comprometido com essas diretrizes, buscando alternativas mais ecológicas no transporte.

O Fórum Internacional de Transportes agrega 69 países e é promovido anualmente pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A entidade atua como uma plataforma de diálogo entre governos, setor privado, sociedade civil e especialistas para encontrar soluções para garantir a segurança viária e um sistema de transporte e de mobilidade urbana mais eficiente.

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