A Irmandade Muçulmana é uma “ameaça à coesão nacional” na França e é preciso tomar ações para deter a ascensão do “islamismo político”, segundo um relatório oficial que será revisado pelo governo nesta quarta-feira (21).
Este movimento, nascido em 1928 no Egito, defende o projeto de um islã político e conservador. O grupo foi proibido por vários países, incluindo Arábia Saudita, Egito e, mais recentemente, Jordânia.
O relatório surge no momento em que a França, um país oficialmente laico, reflete sobre o lugar do islã, após a controversa lei de 2021 contra o “separatismo” e em meio à ascensão eleitoral da extrema direita.
O documento, preparado por duas autoridades de alto escalão, alerta para uma progressão do islamismo que vem “de baixo” e a nível municipal, o que constituiria “uma ameaça a curto e médio prazos”.
Mesmo que “não recorra à ação violenta”, há “risco de danos ao tecido associativo e às instituições republicanas (…) e, de forma mais ampla, à coesão nacional”, afirma o relatório, ao qual a AFP teve acesso.
O presidente francês, Emmanuel Macron, de centro-direita, convocou uma reunião do Conselho de Segurança Nacional para esta quarta-feira para analisar o relatório, que pede “ações” no local “para conter a ascensão do islamismo político”.
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