O papa Leão XIV pediu nesta quarta-feira (21) a entrada de uma ajuda humanitária mais consistente na devastada Faixa de Gaza, bombardeada e submetida a um bloqueio pelo Exército israelense.
“A situação na Faixa de Gaza é preocupante e dolorosa. Renovo meu apelo de coração para autorizar a entrada de uma ajuda humanitária digna, e pelo fim das hostilidades, cujo preço dilacerante está sendo pago por crianças, idosos e pessoas enfermas”, disse o pontífice em sua primeira audiência geral semanal.
O apelo do papa coincidiu com as denúncias feitas pela ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) contra Israel, país que acusou de limitar-se a deixar entrar em Gaza uma ajuda “ridiculamente insuficiente”, apenas para “evitar a acusação de que está matando de fome as pessoas” na Faixa.
Para a MSF, a ajuda autorizada, de 100 caminhões diários, “é apenas uma cortina de fumaça”, enquanto o cerco que Israel impôs em Gaza no início de março para obrigar o movimento islamista palestino Hamas a libertar os reféns, “continua”.
Em 11 de maio, três dias após sua eleição pelo colégio cardinalício, Leão XIV já havia se declarado “profundamente entristecido pelo que acontece na Faixa de Gaza” e pediu um “cessar-fogo imediato, ajuda humanitária à população civil” e a liberação de “todos os reféns”.
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