No desespero de mostrar serviço ao Planalto, a senadora brasiliense acabou errando a pontaria e caindo em um beco sem saída. Aparentemente, turbinada por uma pesquisa recente que a coloca em quarto lugar, Leila disse que vai adorar eventual CPI ou CPMI a respeito da roubalheira da Previdência.
Como todo mundo sabe, o PT faz um esforço gigantesco para provar – certo ou não – que os desvios começaram no governo Bolsonaro.
Citou aí aquela famosa reunião ministerial presidida pelo então presidente em que Bolsonaro exigiu a troca de um comando da polícia militar e acrescentou que, se não podia trocá-lo, trocaria o chefe dele, e, e nem isso conseguisse, trocaria o ministro, que era ninguém menos que Sérgio Moro. Leila errou triplamente o tiro.
Primeiro, porque o verdadeiro algo de Bolsonaro era Moro, que se demitiu dois dias depois. Segundo, porque o comando a ser trocado era da Polícia Militar, não do INSS, Terceiro, porque não havia nenhum vínculo entre Moro e o resto da história. Moro explicou tudo em duas frases. Transformou Leila em um berreiro em busca de uma ideia.