O papa Leão XIV se ofereceu para acolher as conversas de paz entre Rússia e Ucrânia, um gesto que foi bem recebido por líderes de Estados Unidos e Europa, disse a primeira-ministra da Itália, Georgia Meloni, nesta segunda-feira (19).
O presidente de Estados Unidos, Donald Trump, e vários dirigentes europeus discutiram essa proposta em um telefonema depois que o líder americano conversou com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse Meloni em comunicado.
A chefe de governo italiana acrescentou que “a disponibilidade do santo padre para acolher as conversas no Vaticano foi avaliada positivamente”.
Além de Trump e seu par ucraniano, Volodimir Zelensky, participaram da conversa os dirigentes de França, Emmanuel Macron; Alemanha, Friedrich Merz; Finlândia, Alexander Stubb, a italiana Meloni e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
O diálogo telefônico entre os dirigentes estava destinado a “trabalhar pela abertura imediata de negociações entre as partes, que possam levar a um cessar-fogo o mais breve possível e para estabelecer as condições de uma paz justa e duradoura na Ucrânia”, acrescentou.
Na semana passada, diante dos representantes das igrejas cristãs do Oriente, o papa Leão XIV, entronizado oficialmente no domingo, propôs sua mediação aos beligerantes do mundo inteiro.
“A Santa Sé está disponível para que os inimigos se encontrem e se olhem nos olhos, para que os povos recuperem a esperança e a dignidade que lhes pertence, a dignidade da paz”, disse.
Ao mencionar os numerosos conflitos no mundo, “desde a Terra Santa até a Ucrânia, desde o Líbano até a Síria, desde o Oriente Médio até o Tigré”, na Etiópia, “e no Cáucaso”, o papa lamentou a violência nessas regiões e fez um apelo ao trabalho em prol da paz.
“Farei tudo o que for possível para que esta paz se estenda”, prometeu o novo papa, que recebeu em audiência no fim de semana o vice-presidente americano JD Vance.
O Secretário de Estado (número dois) da Santa Sé, Pietro Parolin, citado pelos meios de comunicação, confirmou a disponibilidade do pontífice para ser o anfitrião no Vaticano de um “encontro direto” entre funcionários ucranianos e russos.
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