
Apesar de ter apenas 36 anos oficialmente como um estado, Roraima carrega uma riqueza de história, memória e cultura, que vão de pinturas rupestres até as fitas K7 de – nem tantos – anos atrás. Neste dia 18 de maio, a Folha celebra o dia do museu mostrando onde podemos encontrar acervos que nos levam a uma viagem por dentro da história do nosso estado.
Museu Integrado de Roraima (MIRR)
Quem vive no estado há mais de 30 anos deve ter a memória do Museu Integrado de Roraima (MIRR), um prédio inaugurado em 13 de fevereiro de 1985, localizado dentro do Parque Anauá. O único museu do estado passou por mais de dez anos de abandono, e teve a estrutura demolida em 2023. Atualmente, ele funciona em um espaço alternativo em local próximo ao antigo, também no Parque Anauá, no bairro dos estados.
Em dois blocos, diversos itens guardam o acervo do MIRR antigo em diversas áreas da nossa história. A fauna, a flora, a música e a arte roraimense estão pelos corredores e salas da atual estrutura do museu. Durante a passagem da reportagem, a diretora do MIRR, Elena Fioretti, falou sobre cada peça exposta e a importância de guardar estes itens.
“Temos estudos sobre abelhas de 30 anos, algumas que só polinizam orquídeas, outras que vivem no maracujá. Elas são a chave para entender a savana. E quando mostramos isso, as pessoas percebem: cada bicho, cada planta, é um guardião desse ecossistema.”

Elena afirma que o público que mais costuma frequentar o museu são estudantes. Porém, a estrutura é aberta ao público geral, de segunda a sexta, das 8h às 17, e também aos domingos, das 14h às 17h. A ideia é disseminar o conhecimento presente no local para todos, mantendo a principal função de um museu.
O espaço atual é provisório. Segundo a diretora, a previsão é de que um projeto seja finalizado até o fim do ano para iniciarem as obras de construção de uma próxima instalação.
“Conservar, organizar, preservar e disponibilizar aio público é papel de qualquer museu. E essa é a nossa oreocupação (…). Organizar nosso acervo de forma que a sociedade pudesse voltara a ter contato com esse equipamento cultural. Além de serem guardiões do conhecimento, os museus guardam a memória“, compartilhou Elena.
Confira fotos da instalação do MIRR














Centro de Memória e Cultura do Poder Judiciário (CMC)
Com tecnologia e um acervo que conta toda a história e a importância da Justiça no nosso estado, o Centro de Memória e Cultura está localizado na Av. Ville Roy, no bairro Canarinho.
De maneira dinâmica, o acervo do centro contém escrituras centenárias, como um registro de um feminicídio no ano de 1895, além de detalhar como a história do Tribunal de Justiça se entrelaça com a história de Roraima.
O subcoordenador do CMC, Felipe Queiroz, destaca que essa sempre foi a principal intenção do centro: guardar a memória do judiciário em homenagem e ressaltando a importância do TJ.
“A gente acredita muito na importância da população conhecer a sua própria história, entender tudo aquilo que foi feito por aqueles que nos precederam e, de fato, relacionar a história da justiça, o desenvolvimento da justiça, a relevância que tem no judiciário. Mas também conhecer um pouco mais da história de Roraima, da história da nossa gente. Então, durante toda a exposição, a gente busca relacionar o desenvolvimento da justiça e o desenvolvimento da nossa região para as pessoas, para a população que nos visita, de fato, ter essa consciência. A gente acredita nisso com uma ferramenta também de cidadania“

De segunda à sexta-feira, das 9h às 17h, o Centro também funciona abertamente a todos os públicos. Inaugurado em 31 de janeiro de 2023, nestes dois anos o CMC já teve mais de 7500 visitas.
Outra iniciativa do centro, é levar o acervo em viagens para o interior, para que outros municípios também tenham acesso a exposição.
Nesse período de funcionamento do Centro de Memória, pouco mais de dois anos, já recebemos mais de 60 escolas, no total foram quase 80 instituições já recebidas aqui pelo Centro de Memória. O público alcançado já ultrapassou 7.500 visitantes e nós estamos agora inaugurando um novo projeto, que teve uma primeira edição recente, que é levar para os municípios do interior.








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