
Ex-político morreu nessa quinta-feira (15), em Brasília (DF). Mânica sofreu uma queda na unidade de saúde em abril deste ano e precisou passar por uma cirurgia de emergência, segundo a família. Ele, que era ex-prefeito da cidade do Noroeste de Minas, foi condenado a 89 anos de prisão pelo crime. Morre Antério Mânica, um dos condenados da Chacina de Unaí
Corpo de Antério Mânica, um dos condenados pela chacinha de Unaí e ex-prefeito da cidade, está sendo velado nesta sexta-feira (16). Ele morreu nessa quinta-feira (15), em Brasília (DF).
Velório é realizado no salão do Sindicato Rural da cidade do Noroeste de Minas. Várias autoridades foram se despedir do ex-político, como o atual prefeito de Unaí, Thiago Martins (PL), o ex-prefeito José Gomes Branquinho, além de vereadores.
O sepultamento do corpo de Mânica está previsto para ocorrer na tarde desta sexta, no cemitério São Vicente de Paulo.
Morte
Antério Mânica morreu no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília (DF), onde estava internado. Em abril deste ano, ele sofreu um traumatismo craniano após uma queda dentro da unidade hospitalar.
Antério fazia tratamento contra um câncer no pâncreas, além de ter diabetes e pressão alta.
Pena e prisão
Em novembro de 2015, Antério Mânica foi condenado a 100 anos de prisão por mandar matar três auditores fiscais do Ministério do Trabalho e um motorista que estava com as vítimas. No entanto, em 2018, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região anulou a sentença e determinou um novo julgamento.
Em maio de 2022, Mânica foi condenado a 64 anos de prisão por quádruplo homicídio triplamente qualificado, com direito a recorrer em liberdade.
‘Chacina de Unaí’: Antério Mânica se entrega à polícia
Reprodução/TV Globo
Em novembro de 2023, a 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) aumentou de 64 para 89 anos a pena de Mânica e determinou também a execução imediata da punição.
Em setembro de 2024, ele se entregou à Polícia Federal, em Brasília, após a justiça determinar prisão imediata dele e do irmão, Norberto Mânica, também condenado pela Chacina de Unaí. Em novembro do mesmo ano, Mânica teve autorização para cumprir prisão domiciliar por questões de saúde.
Sobre a chacina
O crime conhecido como “Chacina de Unaí” ocorreu em 28 de janeiro de 2004, quando auditores fiscais do trabalho, que investigavam denúncias de trabalho escravo, e o motorista que os acompanhava foram assassinados em uma emboscada.
Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage, Eratóstenes de Almeida Gonçalves e Aílton Pereira de Oliveira foram mortos na região rural de Unaí.
Os irmãos Antério Mânica, que é ex-prefeito da cidade, e Norberto Mânica foram condenados como os mandantes do crime.
Auditores fiscais do Ministério do Trabalho Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida Gonçalves, e o motorista Aílton Pereira de Oliveira.
Reprodução/TV Globo
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