A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) entrou com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que afastou Ednaldo Rodrigues da presidência da entidade. O pedido foi encaminhado ao ministro Gilmar Mendes, que já havia sido relator de decisões anteriores favoráveis à permanência de Ednaldo no cargo.
A decisão do TJ-RJ foi tomada pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, que indicou Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da CBF, como interventor. A medida teve como base uma denúncia de falsificação da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, ex-vice-presidente da confederação, em um acordo homologado pelo STF. A suspeita levantou dúvidas sobre a validade do documento que selou a paz entre diferentes grupos políticos dentro da CBF.
Esse acordo, homologado por Gilmar Mendes em fevereiro deste ano, havia encerrado a disputa judicial envolvendo a eleição de Ednaldo Rodrigues, garantindo sua permanência na presidência da entidade. No entanto, ainda em dezembro de 2023, o TJ-RJ havia decidido destituí-lo, considerando ilegal o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre a CBF e o Ministério Público, que previa nova eleição — vencida por Ednaldo.
A decisão que retirou Ednaldo da presidência atendeu ao pedido de ex-vice-presidentes da entidade que haviam perdido seus cargos em decorrência do TAC. Embora Gilmar Mendes tenha mantido Ednaldo no comando da CBF por meio de liminar, determinou também que a Justiça do Rio investigasse a suposta falsificação de assinatura. Agora, a CBF tenta reverter a nova decisão do TJ-RJ por meio do STF.
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