Brasília Game Festival movimenta indústria nacional de jogos

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Por três dias, Brasília será o epicentro do universo gamer nacional. Entre 16, 17 e 18 de maio, o Centro de Convenções Ulysses Guimarães recebe uma nova edição do Brasília Game Festival (BGF), que chega ampliado, com mais atrações, mais estúdios participantes e expectativas ainda maiores de público. A previsão é de que mais de 60 mil pessoas passem pelo evento, que além de celebrar a cultura gamer, movimenta setores como tecnologia, turismo, alimentação e serviços.

Entre os destaques desta edição estão as arenas de jogos, torneios de eSports, mostras de games independentes e experiências imersivas. A Arena Freeplay trará estações com os principais títulos de PlayStation, Nintendo e Xbox. Já a Arena Gamer será palco de disputas de Counter-Strike 2, League of Legends e Valorant, além de campeonatos de FC 25 e eFootball 25, com R$ 10 mil em prêmios. Há ainda espaço para os clássicos jogos de luta, com competições de Fatal Fury COW, Street Fighter 6 e Tekken 8.

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Foto: Divulgação

A programação também aposta na diversidade: a Mostra Indie apresenta jogos desenvolvidos por estúdios brasileiros, selecionados pela ABRING e pelo próprio festival; a Happy Game Arena oferece oficinas de Minecraft e freeplay com Minecraft e Roblox; e o espaço Diversão Offline convida o público a experimentar RPGs, cardgames, xadrez, wargames e até Mahjong.

A arena também receberá o stand do GameChanger, projeto criado pelo DJ Alok para promover inclusão e diversidade no universo gamer. O espaço oferecerá uma arena free play, campeonatos solo e, no último dia, um torneio 4×4 com prêmio inédito: uma viagem para São Paulo com ingresso para o show da Áurea Tour, no Mercado Livre Arena Pacaembu, em 28 de junho.

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Foto: Divulgação

Desde sua criação, o GameChanger já mobilizou mais de 75 mil jogadores de todos os estados brasileiros e 49 países, com torneios realizados em mais de 3 mil cidades e mais de R$ 650 mil em premiações. O projeto também se destaca por garantir vagas para times femininos e indígenas, ampliando a representatividade no cenário competitivo.

Toda a estrutura da arena de eSports da NFA contará com o suporte da Pichau, marca parceira do festival, que fornecerá computadores, monitores, periféricos e brindes exclusivos para o público.

Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, Leonardo Reisman, o festival reforça o papel estratégico de Brasília no cenário nacional de inovação. “O Brasília Game Festival visa impulsionar ainda mais esse setor na região, além de incentivar a formação de talentos, o surgimento de novas empresas e fortalecer as já existentes”, afirma. Ele também destaca o papel do evento na inclusão de desenvolvedores de regiões menos representadas. “Estar no Centro-Oeste é estratégico: reduz os custos para os estúdios do Norte e do Nordeste e promove uma verdadeira inclusão dos indies de todo o Brasil.”

Segundo o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira, o evento também é um marco para o reconhecimento dos eSports como uma prática esportiva legítima. “O setor de games cresce de forma acelerada, movimenta a juventude, gera emprego e fomenta a inovação. A Secretaria de Esporte e Lazer reconhece os eSports como uma vertente legítima do esporte contemporâneo e apoia ações que ampliam o acesso, a formação e a valorização dos nossos talentos”, declara.

O festival conta ainda com a Liga NFA presencial, com 48 jogadores disputando o título em batalhas de Free Fire, e com o concurso de K-pop, promovido pela Hallyu BSB, que traz apresentações, jogos e premiação especial. Para além do entretenimento, o evento investe na qualificação profissional com atividades como o campeonato de playtest, que treina e capacita quem deseja trabalhar testando jogos — uma etapa fundamental na produção de novos títulos.

Na edição anterior, um time brasiliense chegou à final de um dos campeonatos e teve seus jogadores contratados por uma grande organização de eSports. Casos como esse mostram como o festival se torna vitrine de talentos e porta de entrada para carreiras promissoras. “Nosso principal objetivo é ver essas empresas crescendo, contratando mais, faturando mais. O evento não é só um ponto de encontro, é um ponto de virada. E Brasília tem tudo para ser uma referência nacional nesse setor”, conclui Reisman.

Realizado pelas Secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação e de Esporte e Lazer do Distrito Federal, em parceria com o Instituto Conecta Brasil, o festival reúne dezenas de estúdios de jogos de todas as regiões do Brasil, empreendedores do setor, artistas independentes, competidores de eSports e entusiastas do mundo digital. O investimento total é de R$ 2.670.000,00.

Mais do que um festival, o BGF se consolida como política pública de fomento à economia criativa, à inovação tecnológica e ao protagonismo cultural. Ao integrar lazer, capacitação e negócios, o evento reafirma o potencial do Distrito Federal como hub criativo e digital do país.

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