Hospital do DF é referência em alergologia e oferece atendimento especializado

Foto: Alberto Ruy/IgesDF

Maio é o mês de conscientização sobre doenças alérgicas e respiratórias, uma iniciativa da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai). A campanha nacional ganha força com duas datas importantes: o Dia Mundial da Asma (6) e o Dia Nacional da Prevenção à Alergia (7). No Distrito Federal, o Hospital de Base (HBDF) é um dos principais centros públicos especializados no atendimento a essas condições, por meio do seu Serviço de Alergia.

“Não se pode mais ignorar doenças como rinite ou asma, que afetam diretamente a qualidade de vida”, alerta o médico Thales Antunes, chefe do Serviço de Alergia do ambulatório do HBDF, administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF). Segundo ele, o serviço atende cerca de 300 adultos por semana, encaminhados pela Secretaria de Saúde ou por outras especialidades do hospital.

Atendimento ágil e personalizado

A espera por atendimento é praticamente inexistente, graças à boa articulação da regulação, segundo o especialista. A equipe conta com seis médicos que atuam de segunda a sexta-feira, oferecendo consultas individualizadas e exames específicos, como o prick test e o teste de contato (patch test), para identificação dos alérgenos responsáveis pelas reações.

Maria Anete de Sousa do Carmo, 53 anos, é uma das pacientes do ambulatório. Ela relata uma experiência positiva com o serviço, que frequenta há mais de uma década. “A médica é maravilhosa, muito acolhedora. Ela me orienta sobre os cuidados que devo ter em casa, e agora comecei a imunoterapia”, conta.

Tratamentos completos e atualizados

Entre os principais atendimentos do ambulatório estão casos de rinite, asma, urticária crônica espontânea, angioedema, dermatite atópica, alergias a medicamentos e doenças imunológicas raras. O tratamento da rinite, por exemplo, inclui medicamentos antialérgicos, corticosteroides tópicos e controle ambiental. Em quadros mais graves, é indicada a imunoterapia, que ajuda a dessensibilizar o organismo a determinados alérgenos.

Já a asma, considerada uma inflamação pulmonar crônica, é tratada com uma abordagem escalonada conforme a gravidade. “Utilizamos desde broncodilatadores e corticosteroides inalatórios até medicamentos imunobiológicos em casos mais severos”, explica Thales Antunes. O objetivo é evitar crises que, quando não controladas, podem ser fatais.

Dermatite atópica e desafios emocionais

A dermatite atópica também é comum na unidade e representa um desafio extra, por envolver fatores emocionais e imunológicos. O tratamento exige hidratação constante, medicamentos tópicos e, em alguns casos, imunossupressores ou imunobiológicos. “Além da medicação, é essencial escutar o paciente, entender o impacto emocional da doença”, afirma o médico.

Prevenção é fundamental

A campanha de maio também tem foco na prevenção. Ambientes ventilados, sem poeira, tapetes ou cortinas, e o conhecimento dos fatores desencadeantes são medidas essenciais. “Com exames como o prick test, conseguimos orientar com precisão o que cada paciente deve evitar”, reforça Antunes.

Com a ampliação da oferta de tratamentos e o fortalecimento da rede pública de saúde, o médico destaca a importância da conscientização. “Hoje temos acesso a medicamentos eficazes, inclusive na rede pública. Com diagnóstico e adesão ao tratamento, conseguimos reduzir significativamente o número de crises e internações”, finaliza.

Com informações do IgesDF

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