Um grande incêndio florestal no centro do Canadá causou a morte de duas pessoas, informou a polícia nesta quarta-feira (14), e obrigou outras mil a deixarem suas casas, no início de uma temporada de incêndios que, segundo advertem as autoridades, pode ser devastadora.
A Real Polícia Montada do Canadá confirmou a morte de duas pessoas na pequena comunidade de Lac-du-Bonnet, na província central de Manitoba, que experimenta condições excepcionalmente quentes, secas e ventosas.
O primeiro-ministro de Manitoba, Wab Kinew, disse estar “profundamente entristecido ao saber da trágica perda de dois manitobanos devido aos incêndios florestais”. “Meu coração está com seus entes queridos”, acrescentou ele em publicação na rede social X.
Em 2023, durante a pior temporada de incêndios florestais do Canadá, não foram registradas mortes de civis.
Chris Hastie, da Real Polícia Montada do Canadá, declarou aos jornalistas que as autoridades “tinham conhecimento de que estas pessoas tinham ficado presas no incêndio”.
“Devido às condições extremas de ontem à tarde, o pessoal de emergência não pôde chegar ao local até a manhã de hoje”, acrescentou Hastie.
Nos últimos dias foram emitidas várias ordens de evacuação em Manitoba. Em Lac-au-Bonnet, mil pessoas foram solicitadas a deixar suas casas.
“Este é um evento verdadeiramente trágico; somos uma comunidade muito unida”, disse Loren Schinkel, responsável da comunidade, situada 100 km ao norte de Winnipeg.
Há 24 incêndios ativos em Manitoba, cinco dos quais são considerados fora de controle, informaram as autoridades.
“As condições são obviamente muito difíceis”, afirmou Kristin Hayward, do Serviço de Incêndios Florestais de Manitoba, fazendo referência ao tempo quente e seco.
Atualmente, há 92 incêndios ativos no Canadá, que incluem as províncias de Columbia Britânica, Alberta, Saskatchewan, Manitoba e Ontario.
As autoridades advertem que a temporada de incêndios florestais no centro e no oeste do Canadá pode ser mais intensa que o normal devido à seca que atinge várias regiões do país.
© Agence France-Presse