Mãe de menino de 3 anos procura PM afirmando que o filho chegou em casa com hematoma causado por professora em Montes Claros


Segundo a mulher, ela e o marido notaram que o menino tinha um ferimento ao tirarem a roupa dele antes do banho. Responsável pela escola onde o menino estuda, Prefeitura informou que, com base em depoimentos, ficou constatado que a criança caiu de uma cadeira. Ferimento no braço da criança
Arquivo pessoal
A mãe de um menino, de três anos, procurou pela Polícia Militar após o filho dela chegar em casa com um ferimento no braço. A mulher, que não vai ser identificada pelo g1 para resguardar a criança, afirma que a agressão foi cometida em um Cemei de Montes Claros, onde o filho estuda, na terça-feira (22).
“Ele chegou em casa ontem da escola, onde fica em tempo integral das 7h às 17h, e depois do lanche geralmente eu dou o banho. O pai, quando foi tirar a blusa, já percebeu de imediato o hematoma grande e roxo no braço. Ao questionar, ele falou que foi a tia e citou o nome da tia, disse que a tia estava brava e havia apertado o braço dele com as unhas”, descreve a mulher.
Ao ouvir o relato do filho, ela disse ter ficado “apavorada e desesperada”. Em seguida, procurou pela ajuda dos pais e registrou um boletim de ocorrência na Polícia Militar. Responsável pelo Cemei, a Prefeitura disse que não houve agressão, que a criança se machucou ao cair de uma cadeira (veja o posicionamento da Prefeitura abaixo.
“Ele repetiu várias vezes o que aconteceu nos mínimos detalhes, que ele estava muito nervoso, dando birra e que a tia ficou muito brava e apertou ele com a mão e com as unhas.”
Além de procurar pela PM, a mãe levou o menino no médico. O laudo aponta que ele tem um “hematoma em membro superior esquerdo, de coloração avermelhada, de aproximadamente cinco centímetros, discretamente doloroso à apalpação, sem sinais de perfuração.”
Além de procurar pela PM e por atendimento médico, os pais do garoto fizeram contato com a escola.
“Ontem eu entrei em contato com a diretora e prontamente ele me respondeu no WhatsApp, falando que já estava convocando uma reunião para apurar o que aconteceu. Hoje eu não quis ir até a escola pelo meu estado emocional, estou muito nervosa e à base de medicamento para manter a tranquilidade, não quero ir lá nessa situação que estou.”
A mulher relata ainda que nunca tinha acontecido nenhuma situação parecida com essa, mas que o filho “demonstra muita resistência de ir para escola”. Antes ele estudava em uma instituição particular. O garoto está no Cemei há quatro meses.
“Eu cobro uma resposta da Secretaria de Educação, eu não tenho onde deixar meu filho, deixo meu filho lá para trabalhar, o pai também, para acontecer uma covardia. Isso foi uma covardia com uma criança de três anos […] quero que a justiça seja feita para não acontecer com outras crianças.”
Após o ocorrido, a família diz que espera que o município providencie a vaga para o menino estudar em outra instituição.
O que diz o município
Leia nota na íntegra
“Assim que soube do caso, a Secretaria de Educação enviou uma equipe de inspetores à escola. A equipe colheu vários depoimentos, todos com o mesmo teor: a criança não sofreu agressão alguma, mas caiu sozinha de uma cadeira e machucou o braço. Inclusive a mesma foi entregue sem problemas para o responsável, e apenas ao chegar em casa relatou essa história. A Prefeitura reitera seu compromisso com o bem-estar das mais de 30 mil crianças matriculadas na rede municipal de Ensino e vai continuar realizando a apuração dos fatos.”
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