Guiana reforça vigilância na fronteira em meio à eleição da Venezuela para Essequibo

Presidente guianense Irfaan Ali e ditador venezuelano Nicolás Maduro (Foto: Instagram Irfaan Ali)
Presidente guianense Irfaan Ali e ditador venezuelano Nicolás Maduro (Foto: Instagram Irfaan Ali)

Em meio à escalada de tensões com a Venezuela, o presidente da Guiana, Irfaan Ali, afirmou nesta segunda-feira (12) que o País intensifica a vigilância de suas fronteiras e informa aliados internacionais sobre os desdobramentos do litígio por Essequibo.

A declaração ocorre após a Venezuela convocar eleições para o governo da zona sob controvérsia, em 25 de maio. A informação é do jornal guianense News Room.

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O País do ditador Nicolás Maduro, aliás, descumpre a decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) que proíbe a eleição. Isso porque a Venezuela não reconhece a jurisdição do tribunal ligado à Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o tema.

“Não estamos de braços cruzados. Quero assegurar a todos os guianenses que a Força de Defesa da Guiana [Exército do País], o governo e todos os envolvidos estão tomando todas as medidas necessárias para proteger a soberania e a integridade territorial do país”, declarou.

Tensão por Essequibo

A tensão entre os países sul-americanos chegou ao auge em 2023, quando a Venezuela, unilateralmente, promoveu um referendo popular para aprovar a anexação de Essequibo ao seu território.

No ano seguinte, apesar de proibido pela CIJ e de concordar em não escalar o conflito, o ditador Nicolás Maduro promulgou a anexação da área.

Neste ano, a Venezuela convocou, para 25 de maio, eleições para governadores, deputados estaduais e federais. A convocação inclui a zona reivindicada, que o País chama de Guayana Esequiba.

Quatro candidatos disputam o governo do território, sendo o almirante Neil Villamizar, ex-comandante da Marinha da Venezuela, o favorito a vencer o pleito.

Foi a convocação do pleito que motivou a Guiana a solicitar intervenção da Corte da ONU. Após a decisão, o País voltou a pedir o cumprimento integral das ordens da CIJ para se abster de quaisquer ações contra a própria integridade territorial ou que perturbem a paz e a segurança da América Latina e do Caribe.

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