Festival de Brasília reforça necessidade de regulamentação do streaming

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Por Pedro José Borges

Ao anunciar as novidades para a 58ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o Secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, Cláudio Abrantes, fez um apelo direto ao Congresso Nacional por uma solução rápida e justa para a regulamentação dos streamings.

Abrantes também destacou a importância do festival como um espaço não apenas para exibição de filmes, mas também para discussões políticas e institucionais.

“O Brasil é um dos grandes mercados consumidores de streaming no mundo e merece um percentual justo”, afirmou.

Segundo ele, a presença de representantes do Ministério da Cultura e de outras autoridades nas mesas de debate evidencia a relevância do tema.

Para o secretário, o Festival de Brasília cumpre um papel fundamental ao promover esse tipo de articulação.

“O festival sempre foi e continuará sendo um palco de discussão e reivindicação.”

Crescente do cinema independente

Já Sara Rocha, diretora do festival, pontuou a importância do bom momento do cinema independente e nacional, mas também de compreender o cinema como um reflexo dos movimentos sociais e culturais da sociedade.

Ela enfatizou que, embora o cinema hegemônico continue dominando o mercado global, há uma valorização crescente das produções independentes, que oferecem narrativas mais conectadas às realidades locais e às identidades sociais diversas.

“A sala de cinema ainda é uma experiência coletiva e única e você não consegue produzir na sua casa, mesmo com o  streaming. Existe uma liturgia da experiência nas salas de cinema que é algo que não compete com o streaming”, defendeu.

Sara também destacou o aumento expressivo de público nas sessões presenciais, sobretudo após a pandemia, como um indicativo da vitalidade do cinema independente.

Mesmo diante de limitações orçamentárias e da forte concorrência com grandes estúdios e plataformas, essas produções continuam atraindo espectadores e se consolidando como espaços de resistência cultural.

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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