A logística é peça-chave no desenvolvimento econômico brasileiro e na integração ao comércio global. Apesar dos avanços, o setor ainda enfrenta gargalos estruturais que elevam os custos e comprometem a competitividade nacional.
O Brasil tem mais de 1,7 milhão de quilômetros de rodovias, das quais apenas 12,3% são pavimentadas. Esse modal responde por cerca de 60% do transporte de cargas. Já o setor ferroviário segue subutilizado, enquanto portos e aeroportos ganham protagonismo, com investimentos em automação, ampliação de terminais e digitalização.
O transporte aéreo, embora responda por apenas 1% do volume transportado, representa 10% do valor das mercadorias, com destaque para itens de alto valor agregado. No total, o país conta com mais de 100 aeroportos de carga e 36 portos públicos, além de terminais privados.
Entretanto, a precariedade da infraestrutura, a burocracia e a falta de integração entre modais ainda elevam os custos logísticos — que hoje representam cerca de 12% do PIB. Especialistas apontam que o futuro do setor depende de investimentos em infraestrutura, intermodalidade e inovação.
Nesse cenário, o Logistique Summit, que acontece de 12 a 14 de agosto no Expocentro Júlio Tedesco, em Balneário Camboriú (SC), será palco para debates sobre o futuro da logística no Brasil. O evento reunirá líderes do setor, incluindo o ex-presidente do NDB, Marcos Troyjo, para discutir soluções e oportunidades.
Santa Catarina, sede do evento, se consolida como referência logística. Em 2024, o estado movimentou mais de US$ 45 bilhões em comércio exterior e viu sua indústria crescer 6,3% até setembro, segundo a Fiesc. Com localização estratégica, infraestrutura moderna e forte base industrial, o estado atrai investimentos e amplia sua presença como hub logístico nacional.
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