O ciclo de Carlo Ancelotti no Real Madrid chegou ao fim. A derrota por 4 a 3 para o Barcelona neste domingo (11) acelerou uma decisão que já vinha sendo maturada nos bastidores do clube merengue. Segundo informou o jornalista Josep Pedrerol no programa El Chiringuito, Xabi Alonso será o novo treinador do Real Madrid a partir de 1º de junho. Atual comandante do Bayer Leverkusen — onde conquistou a Bundesliga com sobras —, o espanhol já tem contrato de três anos acertado com o clube e estreará oficialmente no Mundial de Clubes da FIFA, que começa no dia 14 do mesmo mês.
A escolha por Xabi descarta de vez outras alternativas cogitadas internamente, como a possível promoção de Santiago Solari. Com o nome confirmado nos bastidores, Xabi já trabalha com o planejamento da temporada, que deve priorizar a contratação de um novo zagueiro e um volante de elite — funções que ele tratou como prioritárias desde sua chegada ao Leverkusen, com a contratação do suíço Xhaka como um dos primeiros movimentos de mercado.
Enquanto isso, do lado italiano, a notícia da saída de Ancelotti reverbera em outro tom. Um jornalista ligado à imprensa esportiva italiana nos informou há pouco que as principais emissoras de TV do país estão dando como certo que Carlo Ancelotti recusou propostas do Milan e da Roma. O motivo: o treinador estaria acertado com a CBF para assumir a Seleção Brasileira após o fim da temporada europeia.
Mesmo sem confirmação oficial por parte da CBF, a movimentação reforça o que já vinha sendo especulado desde o ano passado — que Ancelotti era o nome preferido da entidade para liderar o novo ciclo da Seleção até a Copa de 2026.
Independentemente da forma como termina, a passagem de Ancelotti pelo Real Madrid entra para a história. Em sua sexta temporada à frente da equipe principal, o italiano se tornou o segundo treinador com mais jogos pelo clube, atrás apenas de Miguel Muñoz. Foram 350 partidas, com 247 vitórias, 50 empates e 53 derrotas.
No quesito títulos, Ancelotti é o maior vencedor da história do Real Madrid, com 15 troféus conquistados: três Champions League, três Mundiais de Clubes, três Supercopas da Europa, duas LaLigas, duas Copas do Rei e duas Supercopas da Espanha. Um currículo que, agora, pode ser colocado a serviço da Seleção Brasileira.
Se confirmada, sua chegada à CBF será o início de uma nova era no comando técnico da seleção, em meio à maior seca de títulos desde 1994 e diante da pressão por uma campanha sólida rumo à Copa do Mundo de 2026.