Caminhada consciente: atividade de plogging recolhe resíduos no Parque Salto do Tororó

Na manhã deste sábado (10), moradores do Jardim Botânico e de outras regiões do DF se reuniram em uma iniciativa especial que uniu saúde, bem-estar e consciência ambiental. A ação, promovida pelo projeto Escola de Sustentabilidade, uma iniciativa do Instituto Brasília Ambiental em parceria com o Movimento Comunitário do Jardim Botânico (MCJB), consistiu em uma atividade de plogging — prática que combina caminhada ou corrida com o recolhimento de resíduos pelo caminho.

A atividade aconteceu no Parque Distrital Salto do Tororó, mais conhecido como Cachoeira do Tororó, uma das unidades de conservação (UCs) mais visitadas do DF. Com sua queda de aproximadamente 20 metros e trilhas em meio ao Cerrado, o local foi escolhido não só pela beleza natural, mas também pela necessidade de maior atenção quanto à preservação. A palavra “Tororó”, de origem tupi-guarani, significa “jorro d’água” ou “pequena cachoeira”, um nome que reflete a força e a delicadeza da natureza que precisa ser cuidada.

“Essa iniciativa reforça a importância de o poder público e a sociedade caminharem juntos, especialmente quando se trata de cuidar e proteger o meio ambiente. Nós aproveitamos para pedir a colaboração das pessoas para sempre descartaram os resíduos nos locais corretos. É uma atitude simples que faz a diferença”, afirma a vice-governadora Celina Leão.

Na trilha de 3 km, os participantes da ação recolheram mais de 10 kg de lixo

“Sempre contamos com o apoio de iniciativas da população. Temos uma área vasta de 82 unidades de conservação aqui no DF e duas reservas particulares de propriedade privada, com a presença do nosso Cerrado vivo, e por mais que tentemos, não temos servidores o suficiente para cobrir todas as áreas. Além do mais, é muito bom estar tão perto da natureza assim”, comentou o presidente da autarquia, Rôney Nemer.

Durante a trilha, os participantes caminharam em grupo por trechos do parque, recolhendo resíduos deixados por visitantes ao longo do trajeto. O objetivo foi duplo: proporcionar uma vivência de conexão com a natureza e, ao mesmo tempo, reforçar o compromisso da comunidade com a conservação ambiental. O resultado foi um trajeto mais limpo e muitos aprendizados levados para casa. “Queremos que mais pessoas se conectem com o Cerrado de forma respeitosa, entendendo que a preservação começa com atitudes simples, como não deixar lixo para trás”, afirmou Luana da Mata, instrutora que coordenou a atividade.

A prática do plogging, surgida na Suécia, é uma tendência global que une a preocupação ambiental com o hábito de se exercitar. O termo vem da junção das palavras “plocka upp” (pegar) e “jogging” (correr), e tem ganhado força entre grupos que buscam um estilo de vida mais sustentável.

 

Além da trilha ecológica, os participantes receberam orientações sobre a importância da conservação ambiental e aprenderam mais sobre os impactos dos resíduos nos ecossistemas do Cerrado. Foram recolhidos mais de 10 kg de lixo deixado pelos usuários da trilha nos 3 km percorridos, até um “cooler” foi jogado fora na cachoeira.

O Parque do Salto do Tororó, administrado pelo Brasília Ambiental, tem por objetivo manter e preservar áreas de relevância ecológica e garantir a biodiversidade típica do bioma. A atividade faz parte das ações do projeto Escola de Sustentabilidade, projeto do Instituto Brasília Ambiental em parceria com o MCJB. A iniciativa tem como pilares a educação ambiental, o fortalecimento da relação da comunidade com o Cerrado e a transformação do Centro de Práticas Sustentáveis (CPS) em um centro de referência em práticas sustentáveis.

Com informações Agência Brasília

 

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