Novo papa fala 5 idiomas, incluindo português e francês

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São Paulo, 8 – Robert Francis Prevost nasceu nos Estados Unidos e atuou por duas décadas no Peru, para onde foi enviado no fim dos anos 1980 para um projeto de formação para aspirantes agostinianos. Ele também tem a nacionalidade do país andino. Segundo a Diocese de Chiclayo, onde construiu grande parte da trajetória religiosa, o novo papa é poliglota: fala inglês, espanhol, italiano, francês e português. Além disso, lê latim e alemão.

Graduou-se em Teologia na Catholic Theological Union, em Chicago Aos 27 anos, foi enviado a Roma para estudar Direito Canônico na Pontifícia Universidade de Santo Tomás de Aquino (Angelicum). Foi ordenado sacerdote em 19 de junho de 1982, no Colégio Agostiniano de Santa Mônica.

O novo pontífice obteve a licenciatura em 1984 e, no ano seguinte, enquanto preparava sua tese de doutorado, foi enviado para a missão agostiniana em Chulucanas, região de Piura, no Peru. Em 1987, defendeu sua tese de doutorado sobre O Papel do Prior Local da Ordem de Santo Agostinho e foi nomeado Diretor de Vocações e diretor de Missões da Província Agostiniana Mãe do Bom Conselho, no Estado americano de Illinois.

No ano seguinte, ingressou na missão de Trujillo, também no Peru, como diretor do projeto de formação comum para os aspirantes agostinianos dos vicariatos de Chulucanas, Iquitos e Apurímac. Após desempenhar diferentes funções no Peru, foi administrador paroquial de Nossa Senhora de Monserrat de 1992 a 1999.

FORMAÇÃO

Em 1999, foi eleito prior provincial da Província Agostiniana Mãe do Bom Conselho de Chicago. Dois anos e meio depois, foi escolhido como prior geral, confirmado em 2007 para um segundo mandato. Em outubro de 2013, retornou à província agostiniana, em Chicago, e foi diretor de formação no convento de Santo Agostinho, primeiro conselheiro e vigário provincial.

Ocupou esses cargos até o papa Francisco nomeá-lo, em 2014, administrador apostólico da diocese peruana de Chiclayo, elevando-o à dignidade episcopal como bispo titular de Sufar.

Prevost foi nomeado bispo de Chiclayo pelo argentino em 2015. Nesse período, não deixou de ter ação política, além de religiosa. Em 2017, quando o ex-presidente peruano Alberto Fujimori recebeu indulto de Natal, Prevost foi crítico à decisão e pediu à população que rejeitasse o perdão em manifestações pacíficas, dizendo que o antigo mandatário deveria pedir desculpas às vítimas de seu governo.

Em 2018, foi eleito segundo vice-presidente da Conferência Episcopal Peruana, na qual também foi membro do Conselho Econômico e presidente da Comissão de Cultura e Educação. E não evitou falar sobre corrupção no país. “Chegamos a um ponto de ruptura em nível político. Um novo início exige não somente uma mudança de mandato, mas a recuperação ética e moral do país em todos os níveis, porque os altos níveis de corrupção roubam a esperança, sobretudo dos pobres e dos jovens.”

O novo papa foi incluído entre os membros da Congregação para o Clero em 2019 e, no ano seguinte, entre os membros da Congregação para os Bispos. Recebeu também a nomeação pontifícia também como administrador apostólico da diocese peruana de Callao.

ROMA

Em 2023, Francisco o chamou a Roma como prefeito do Dicastério para os Bispos e Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, promovendo-o a arcebispo. No consistório do mesmo ano, tornou-o cardeal. Prevost tomou posse em 28 de janeiro de 2024 e, como chefe do dicastério, participou das últimas viagens apostólicas do papa Francisco e da primeira e segunda sessões da 14.ª Assembleia-Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade, realizada em Roma entre 2023 e 2024 l

Estadão Conteúdo

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