SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta quinta-feira (8) com seu homólogo da Rússia, Vladimir Putin, em Moscou. Os líderes estiveram juntos em um jantar oficial no Kremlin. O brasileiro participa de eventos relacionados ao chamado Dia da Vitória, as celebrações russas dos 80 anos da rendição da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Uma fotografia divulgada pela Presidência brasileira mostra Lula e Putin lado a lado. Atrás deles há uma mulher que não pôde ser identificada, possivelmente a tradutora das conversas. Detalhes dos diálogos ou a duração do jantar não foram divulgados.
Lula desembarcou na capital russa no começo da noite (início da tarde no Brasil) de quarta-feira (7), logo após ataques com drones fecharem aeroportos do país. Além do jantar no Krelim, o presidente brasileiro deverá comparecer nesta sexta-feira (9) à parada militar, o ponto alto do evento organizado Putin.
A celebração em território russo chama a atenção pela quantidade de ditadores, autocratas e populistas, caso do venezuelano Nicolás Maduro, do cubano Miguel Díaz-Canel e do eslovaco Robert Fico.
O dirigente da China, Xi Jinping, também participará dos eventos. O líder chinês se equilibra entre o apoio a Putin, isolado pelo ocidente devido à guerra na Ucrânia, e a aproximação comercial com União Europeia, que se tornou ainda mais estratégica para os dois lados após a ofensiva tarifária de Donald Trump.
Na sequência da passagem por Moscou, Xi receberá Lula em Pequim para uma visita oficial de dois dias.
Putin havia proposto um cessar-fogo de três dias para esta semana. Volodimir Zelenski, entretanto, classificou a oferta de hipócrita e desafiou o presidente russo a cumprir os 30 dias de cessar-fogo previstos nas recentes negociações capitaneadas pelos EUA.
O presidente ucraniano afirmou ainda que não poderia se responsabilizar pela segurança de autoridades de outros países na capital russa, justificando que não era seu papel “criar uma atmosfera agradável que permita a saída de Putin do isolamento em 9 de maio”.
Mais cedo nesta quinta, Zelenski acusou a Rússia de realizar ataques limitados na região de Sumi, no nordeste do país, mesmo durante a trégua de três dias proposta unilateralmente por Putin. Não havia relato de vítimas.