Não estava doido

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Em conversa descontraída após a reunião do grupo Lide, o governador Ibaneis Rocha revelou como começou sua candidatura ao Buriti. Piauiense, ele pediu uma audiência ao já poderoso senador Ciro Nogueira, também do estado.

O encontro ocorreu no Senado em 2018, pediu a audiência a o Ciro, que perguntou o que Ibaneis queria dele. Ibaneis foi direto ao assunto: “eu estou querendo ser governador do Distrito Federal”. Ibaneis conta:

“Ciro olhou para mim e achou que eu estava doido, mas me encarou e disse, bom, como é isso?” Ibaneis explicou que o momento político de Brasília, na sequência de governadores da esquerda, exigia relembrar a história, pois “depois de Agnelo e Rollemberg, Brasília estava destroçada, e precisámos fazer um trabalho de recuperação”.

Segundo ele, “Ciro acreditou, desde aquele momento, Nessa campanha, que ao final, ao lado de Celina e outros políticos aqui, se mostrou vitoriosa, e tem, graças a Deus, dado certo aqui para todos, não só para os empresários, mas também para aqueles que mais precisam”.

Revelação sobre Celina

No encontro, o presidente do Lide Brasília, Paulo Octávio, além de apresentar a biografia política de Ciro Nogueira, destacou um fato importante. Quando presidiu o Progressistas no DF, levou para o partido um quadro importante: a atual vice-governadora Celina Leão, à época em um partido nanico. Hoje, avisou Paulo Octávio, é a hora de menos Estado e mais liberalismo, menos Estado e mais incentivo ao setor produtivo”, para depois defender uma maior participação do empresariado na vida política nacional.

Para ele, está chegando o momento de o setor produtivo brasileiro criar um projeto de Brasil. Como já foram poderosos a Fiesp, a CNi e outras entidades empresariais.

“Precisamos que todas as entidades empresariais se reúnam mais, conversem mais, participem mais, discutem mais. A gente sente que o Brasil vive um momento meio sem rumo. A gente não sabe para onde vai, e isso é muito triste. É chegado o momento de nós apresentarmos o Brasil que queremos. Chega de omissão”.

Projeto de centro-direita

E comentários após encerrada a solenidade, o senador Ciro Nogueira seguiu na mesma linha crítica. “Eu acho que a encruzilhada que o nosso país se encontra hoje não permite que nenhum homem público, empresário, empreendedor ou cidadão se omita a partir de agora”, destacou.

“Fiquei no auge da minha carreira quando o presidente Bolsonaro confiou em mim a tarefa de dirigir o seu ministério mais importante, a Casa Civil, em um momento muito difícil da vida pública nacional, de muitos conflitos. Todos acompanharam aquela eleição tão disputada. Quando terminou aquela eleição, achei que já tinha cumprido meu papel”, destacou.

“Na minha cabeça, o presidente Lula que assumiria e seria um presidente que ia unificar o Brasil. Eu fui contra o Lula e pelo que eu conhecia dele, esperava que agisse como o Mandela fez na África do Sul. Não fez. O Lula de hoje é muito diferente do Lula que eu apoiei lá atrás, que veio para combater a fome e a miséria e conseguiu fazer isso naquele momento. O Lula que nós vemos hoje é um homem que só olha para trás, ressentido, isolado e que não foi capaz de enfrentar o atual momento”, avaliou.

Ciro Nogueira comparou Lula a Getúlio Vargas, destacando um anacronismo histórico nos dois.

“Eu comparo às vezes, separando um pouco as identidades. Eu considero que o Brasil teve quatro grandes líderes populares: Getúlio, Juscelino, Lula e Bolsonaro. E o Getúlio daquele tempo também voltou e não deveria ter voltado. Porque voltou um homem fora do seu tempo. E terminou como terminou, porque não estava antenado com o momento que ele estava vivendo naquela época. Mais ou menos como o Lula de hoje, que é capaz de tentar se comunicar com a população através de redes de rádio e televisão. É um homem completamente isolado que não tem um celular”, destacou.

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