Latidos animados e rabos abanando marcam o dia a dia no Centro de Zoonoses do Distrito Federal. Por trás da alegria canina, há uma espera silenciosa: cerca de 60 cães aguardam por uma adoção responsável que lhes proporcione o cuidado e o carinho de um lar definitivo.
Todos os animais disponíveis para adoção estão vacinados contra a raiva, vermifugados, castrados em parceria com o Hospital Veterinário Público (Hvep), protegidos contra pulgas e carrapatos e testados contra a leishmaniose. Apesar de receberem atenção diária da equipe da unidade, o objetivo é que cada um encontre uma família.
Esses cães, em sua maioria, chegam ao centro por determinação judicial, após serem resgatados de situações de abandono, maus-tratos e negligência. É o caso de Jorge, um filhote encontrado em ação de resgate no Recanto das Emas ao lado de outros oito cães.
Pedro Henrique Batista, agente de Vigilância Ambiental em Saúde, é um dos responsáveis pelo cuidado diário dos animais. Ele destaca que, mesmo recebendo zelo dos profissionais, o que os cães realmente precisam é de um lar. “Temos cães que ficam anos à espera de um lar. Aqui é cheio e, apesar do carinho que recebem da gente, eles precisam de uma atenção individual. O ideal é que eles tenham uma casa, um lar para serem felizes”, reforça.
Entre os cães disponíveis há animais de todos os portes e idades, inclusive seis filhotes que já receberam a primeira dose da vacina V8, que protege contra doenças como cinomose, hepatite infecciosa canina e leptospirose.
Como adotar
Os interessados podem visitar os animais diretamente no Centro de Zoonoses de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h. Além disso, a segunda edição da feira de adoção de 2025 será realizada no dia 17 de maio, das 10h às 16h, na Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), localizada no Setor de Áreas Isoladas Norte (Sain), lote 4, Estrada do Contorno Bosque, Noroeste.
Para adotar, é necessário preencher um formulário disponibilizado pelo coletivo Amigos das Zoonoses no Instagram. A triagem inicial é feita com base nas informações fornecidas, buscando compatibilizar o perfil dos animais com o estilo de vida dos possíveis tutores.
A gerente de Vigilância Ambiental de Zoonoses, Camila Cibele Rodrigues, explica que o objetivo é evitar devoluções e promover uma adoção consciente. “As pessoas que tiverem intenção de adotar podem vir e dizer o que elas esperam desses animais de acordo com a vivência delas, o espaço que elas têm para recebê-los e se já possuem outros animais. Nisso tentamos encontrar um animal que se encaixa melhor nessa realidade”, pontua.
Como ajudar
Diante do número crescente de animais resgatados, o centro também recebe doações de ração, cobertores, casinhas e itens de cuidados para pets. Os materiais podem ser entregues diretamente na sede da unidade.
Quem deseja colaborar de outra forma, mas não pode adotar no momento, pode se inscrever para oferecer lar temporário a um dos cães. O formulário de inscrição está disponível no mesmo link do coletivo Amigos das Zoonoses.
A expectativa da equipe é clara: garantir que esses animais, já marcados por histórias de abandono, possam agora viver novos capítulos repletos de amor, segurança e dignidade.