GDF investe em ações para reforçar atendimento de crianças com doenças respiratórias

Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Diante do aumento de casos de doenças respiratórias, especialmente entre crianças, o Governo do Distrito Federal (GDF) tem adotado uma série de medidas inéditas para reforçar o atendimento na rede pública de saúde. Entre as ações, estão a contratação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a aquisição de medicamentos de última geração e a modernização dos equipamentos utilizados no tratamento pediátrico.

Segundo o secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante, os investimentos visam atender à alta demanda registrada durante o período de maior circulação de vírus como o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), o rinovírus humano e o influenza. “Temos trabalhado em diversas frentes para aperfeiçoar a infraestrutura e o atendimento oferecido aos pacientes de todas as regiões do DF”, afirmou.

Medicamento inédito

Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF

Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF

O Distrito Federal tornou-se a primeira unidade da federação a adquirir o medicamento Nirsevimabe, desenvolvido para prevenir infecções graves causadas pelo VSR — principal agente de bronquiolite e pneumonia em bebês. Desde o início da aplicação, mais de 240 recém-nascidos prematuros já receberam o imunizante.

Destinado a crianças nascidas entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias de gestação, a partir de 1º de outubro de 2024, o Nirsevimabe é uma medida preventiva complementar ao Palivizumabe, que continua sendo administrado em grupos de risco mais severo, como prematuros abaixo de 32 semanas e crianças com comorbidades, como cardiopatias e displasias pulmonares.

Ampliação das UTIs

Para enfrentar a alta de internações, a Secretaria de Saúde publicou edital para contratação de 304 leitos de UTI adulto, pediátrico e neonatal, em caráter complementar. A estimativa é de um investimento anual de R$ 635 milhões.

“A contratação é essencial para garantir o acesso oportuno e qualificado aos serviços de terapia intensiva, sobretudo para atendimento de pacientes com doenças respiratórias, acidentes graves e condições clínicas complexas”, destacou Juracy Cavalcante. A medida faz parte do compromisso da pasta com a integralidade do cuidado no Sistema Único de Saúde (SUS).

Mais pediatras e tecnologia

Desde 1º de março, novos médicos pediatras passaram a atuar em regime de plantão nos hospitais da rede pública. Eles se dedicam exclusivamente aos prontos-socorros, com foco na resposta imediata à demanda crescente por atendimento infantil.

De acordo com a coordenadora de Atenção Especializada à Saúde da SES-DF, Julliana Macêdo, a presença dos novos profissionais já apresenta resultados. “Nos primeiros meses de contrato, já observamos impactos positivos diretos nas equipes e no atendimento aos pacientes”, afirmou.

Outra medida importante foi a aquisição de 1,9 mil cateteres nasais infantis de alto fluxo, tecnologia não invasiva considerada a mais avançada no tratamento de síndromes respiratórias. Os equipamentos serão distribuídos nos oito hospitais da rede com atendimento pediátrico: Brazlândia (HRBz), Ceilândia (HRC), Guará (HRGu), Planaltina (HRPL), Região Leste/Paranoá (HRL), Sobradinho (HRS), Taguatinga (HRT) e Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib).

A experiência bem-sucedida no Hmib motivou a padronização do uso dos cateteres, que ajudam a evitar a necessidade de intubação e reintubação, oferecendo maior segurança e conforto aos pequenos pacientes.

Essas ações, segundo o GDF, representam uma estratégia integrada para proteger a população infantil e assegurar maior eficiência no atendimento em saúde pública durante os períodos de maior pressão sobre o sistema.

Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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