Visita técnica ao Sítio Geranium tem foco na educação socioambiental

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Servidores do Instituto Brasília Ambiental visitaram o Sítio Geranium, localizado na área rural de Taguatinga, na manhã desta terça-feira (6). A visita técnica integra o calendário de capacitações da Agenda Ambiental na Administração (A3P). O sítio é centro de referência em educação socioambiental e produção de alimentos orgânicos, criado em 1986, pela odontopediatra Maria Abadia e pelo engenheiro civil, Marcelino Barberato.

A visita compõe o eixo Qualidade de Vida no Serviço Público, da A3P, e tem como foco a formação continuada dos servidores, além da promoção de momentos de integração e bem-estar, fora do ambiente digital e da rotina administrativa.

A cientista ambiental Andressa Coelho, coordenadora pedagógica do sítio, explicou que o empreendimento atua em cinco frentes: bem-estar, com cursos de yoga entre outros; salão de festas para eventos; escola, que está no segundo ano de funcionamento; parte pedagógica, que é o desenvolvimento do ecoturismo voltado para as escolas do Distrito Federal; e produção orgânica.

Andressa destacou que, dos 13 hectares, seis são destinados à produção orgânica, na qual é dada prioridade ao respeito da produção de alimentos com muita qualidade. Ela ressaltou que o espaço sofre pressão da especulação imobiliária e que se manter entre as áreas urbanas que o cercam é um grande desafio, como também o são o escoamento da produção e a ampliação da equipe que atua no Sítio.

O passeio pelo Geranium incluiu o tanque de evapotranspiração (TEvap), sistema de tratamento e reaproveitamento dos nutrientes das águas provenientes dos vasos sanitários locais. O engenheiro florestal do sítio, Thiago Leite, esclareceu que o sistema utiliza uma tecnologia fácil de executar, econômica e que não contamina o lençol freático.

Um dos desafios enfrentados pelo local é sobreviver à especulação imobiliária

O grupo conheceu também o sanitário compostável ou fossa seca, que funciona a partir de um processo de biodigestão; o minhocário, onde foi enfatizado a contribuição das minhocas na recuperação das áreas degradadas e na redução das necessidades de adubos químicos, além do volume dos resíduos que se acumulam nos lixões; o hotel das abelhas solitárias; o meliponário educador; árvores centenárias, como buritizeiros e samambaias; e malha de ribeirões.

A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, falou das importâncias da adesão do Instituto à A3P e da visita: “A agenda é fundamental para balizarmos as ações do governo dentro da área ambiental. Conhecer espaços que adotam práticas sólidas no cuidado com o meio ambiente agrega conhecimento que auxilia a rotina dos servidores, conferindo ainda mais qualidade ao serviço prestado por eles”.

Para o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, a melhor forma de aprender é acessar, in loco, experiências de sucesso. “Aprendemos quando vemos na prática o que estamos protegendo, licenciando, fiscalizando. Quando assumi a presidência, realizei um ‘treinamento intensivo’, visitando as nossas unidades de conservação para mapear necessidades e desafios. Momentos como este, da visita ao Sítio Geranium, são extremamente necessários”, disse.

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