Vance defende negociação comercial com China e destaca avanços em conversas tarifárias com UE

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O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, afirmou nesta quarta-feira, 7, que “não há conversas entre os EUA e a China sobre um acordo estratégico em relação a Taiwan”, reiterando a postura cautelosa de Washington sobre o tema. Em relação ao comércio com Pequim, no entanto, demonstrou disposição para o diálogo. “Queremos ter diálogo aberto com a China durante negociações comerciais. Estou aberto a conversas com aliados e também com nações mais adversárias sobre o reequilíbrio”, disse, durante a Conferência de Segurança em Munique.

Ao comentar o cenário do comércio global, Vance alertou: “Estamos na iminência de uma mudança brusca”.

Ele citou avanços em tratativas com a União Europeia (UE): “Tivemos ótimas conversas com nossos aliados europeus sobre comércio. Queremos que os mercados europeus estejam abertos aos produtos americanos”.

O vice também defendeu uma maior autonomia europeia em questões de defesa. “Queremos que europeus tenham mais participação na defesa de seu próprio continente”, declarou.

Sobre o Irã, foi enfático ao rejeitar qualquer concessão sobre armamento nuclear. “Completamente fora da mesa de discussões”, disse. Ainda assim, sinalizou abertura para uma reintegração gradual do país à economia global, indicando que acredita “que há um acordo possível”. Reforçando o posicionamento do presidente americano, Donald Trump, acrescentou: “Trump odeia proliferação nuclear” e estaria disposto a negociar com Rússia e China pela redução de arsenais pelo mundo.

Em relação à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Vance afirmou que Trump defende um aumento expressivo nos investimentos em defesa, indicando que a “meta deveria ser de 5% do PIB” de cada país.

Estadão Conteúdo 
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