Um grupo de opositores venezuelanos que se encontrava refugiado há mais de um ano na embaixada da Argentina em Caracas chegou aos Estados Unidos após uma operação de resgate, anunciou nesta terça-feira (6) o secretário de Estado americano Marco Rubio.
Os ativistas se refugiaram na missão diplomática em 20 de março de 2024 diante de uma escalada de prisões anterior às eleições de 28 de julho, nas quais as autoridades eleitorais declararam o presidente Nicolás Maduro vencedor para um terceiro mandato entre denúncias de fraude.
No início eram seis refugiados, mas, em dezembro de 2024, um deles, Fernando Martínez Mottola, se entregou às autoridades e recebeu liberdade condicional. Ele morreu em 26 de fevereiro por problemas de saúde.
Os asilados, colaboradores da líder opositora María Corina Machado, esperavam um salvo-conduto para poder deixar o país.
“Os Estados Unidos saúdam a bem-sucedida operação de resgate de todos os reféns do regime de Maduro na embaixada argentina de Caracas”, escreveu Rubio em mensagem na rede X.
“Depois de uma operação precisa, todos os reféns se encontram a salvo agora em território americano”, acrescentou, sem oferecer mais detalhes.
O titular da diplomacia americana tachou de “ilegítimo” o regime de Maduro.
“Ele minou as instituições venezuelanas, violou os direitos humanos e colocou em perigo nossa segurança regional”, afirmou Rubio, que agradeceu a todos os que participaram da operação e aos “parceiros que contribuíram para a libertação segura desses heróis venezuelanos”.
© Agence France-Presse