Chef Jean Imbert recupera receitas antigas para celebrar o patrimônio culinário francês no restaurante que leva o seu nome

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Experiência gastronômica no coração de Paris

A coluna foi convidada a conhecer de perto um dos restaurantes franceses mais requisitados da temporada. Trata-se do Jean Imbert au Plaza Athénée, que abriu as suas portas em janeiro de 2022, e com apenas 9 semanas após sua inauguração recebeu a sua primeira estrela Michelin. O restaurante está localizado em um dos hotéis mais icônicos da Cidade Luz, o Plaza Athénée. Experiência inesquecível para quem tem a oportunidade de vivenciá-la.

A poucos passos da Torre Eiffel e da Avenida Champs-Élysées, cartões postais da capital francesa, e sendo um testemunho vivo da atemporalidade de Paris no histórico hotel palácio, Jean Imbert buscou resgatar o esplendor da arte culinária francesa, inspirado em um repertório clássico, com receitas que marcaram a era dourada da gastronomia mundial. Pratos que fizeram história e surpreenderam quem pôde prová-los e aprová-los, como a coluna teve oportunidade.

“Quero firmemente inserir este local mítico no próprio coração de sua história, no coração de sua cidade e no coração de sua identidade”, explicou Jean Imbert. “Gostaria que nossos convidados fossem instantaneamente transportados para um mundo além do tempo quando atravessassem a porta do restaurante, como eu teria sonhado em jantar nas mesas de Auguste Escoffier, François Vatel ou Antonin Carême em uma época passada”, destacou o premiado chef.

“O Jean Imbert au Plaza Athénée personifica o que a administração há muito tempo busca incutir no legado do hotel, ‘era uma vez… o palácio do futuro’. O conceito do restaurante presta homenagem às tradições e ao passado deste local histórico, ao mesmo tempo que infunde uma atmosfera fresca e festiva,” comentou François Delahaye, diretor de operações da Dorchester Collection e gerente geral do Hotel Plaza Athénée em Paris, localizado na famosa Avenue Montaigne.

No menu do concorrido restaurante com ares palacianos, cada prato é inspirado por uma receita retirada do patrimônio culinário francês. As declarações históricas permaneceram inalteradas para permitir que os convidados deixem sua imaginação vagar e sejam arrebatados pela experiência. A atmosfera se desenrola na sala de jantar, enquanto a coreografia do maitre, coordenada pelo diretor do restaurante Denis Courtiade, se desenrola em delicada harmonia.

“Com humildade tive esse desejo, enraizado em mim, de prestar homenagem a essa culinária clássica francesa, que é ao mesmo tempo suntuosa e fascinante, e que transcende as tendências ao longo dos séculos, permanecendo profundamente moderna,” explica o chef. Homenagens são prestadas, por exemplo, à “Langouste en Bellevue”, servida com legumes mistos, que chega majestosa à sala de jantar com uma cascata
de medalhões de gelatina adornando suas costas.

Há também o “Veau Orloff”, o caldo “Demi Deuil” com trufas e o “Canard à la Bigarade” (uma homenagem à versão original do pato com molho de laranja, que é coberto com frutas cítricas antes de ser assado). Quanto ao “Vol-au-Vent”, é uma experiência luxuosa e indulgente. É servido com três molhos gourmets, na sala de jantar, que permeiam a massa folhada de trigo sarraceno e cobrem as diversas guarnições. Por fim, o “Soufflé de Turbot” cozido inteiro.

O jantar se conclui com o serviço das sobremesas — quando a campainha do diretor do restaurante toca, as luzes se apagam e uma janela se abre, revelando um ateliê de sobremesas onde os chefs de confeitaria estão dando os toques finais nas criações do dia. O menu inclui uma seleção de receitas doces tradicionais que contribuíram para a fama das confeitarias francesas: o “Ambassadeur”, decorado individualmente com pétalas de rosa, e o “Fontainebleau”.

Do início ao fim da refeição, cada prato pode ser acompanhado por vinho ou champanhe, selecionado pelo mestre sommelier do restaurante, Laurent Roucayrol. Ele irá sugerir combinações feitas sob medida para os gostos individuais dos convidados, combinando-as com os pratos, e escolherá entre a impressionante adega do hotel as suas 40 mil prestigiosas garrafas. Para essas criações, Jean Imbert e sua equipe buscaram meticulosamente seus ingredientes.

Para projetar o interior e decorar o restaurante, o chef contratou Rémi Tessier, um arquiteto de interiores e designer de renome internacional. Juntos, formaram uma equipe de artesãos, na pura tradição francesa, como os ateliês Meriguet, para revelar e iluminar os elementos decorativos que contribuem para a atmosfera atemporal do restaurante. Assim, o local original foi embelezado com folhas de ouro nas finas molduras e cúpulas de teto. Um verdadeiro luxo!

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