JOSUÉ SEIXAS
MACEIÓ, AL (FOLHAPRESS)
A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte da cozinheira Danielly Rocha da Silva Sousa, 37, na madrugada da última sexta (2). O corpo dela foi encontrado no corredor do apartamento em que morava, na Lapa.
Danny, como era conhecida, era uma mulher trans e ativista LGBTQIA+. De acordo com amigos da vítima, ela entrou em casa acompanhada por um homem que, horas depois, saiu sozinho. Imagens de câmera de segurança mostram o homem deixando a residência por volta de 0h30.
Por meio de nota, a polícia informou que o caso foi registrado na 5ª DP (Mem de Sá) e agentes analisam as imagens das câmeras de segurança e realizam diligências para esclarecer as circunstâncias da morte.
A CasaNem, centro de acolhimento LGBTQIA+ onde Danielly atuava como cozinheira e era amiga pessoal da fundadora, Indianarae Siqueira, lamentou a morte e afirmou que ela era querida em Copacabana, na Lapa, na CasaNem e por onde passava.
“Dany vai deixar saudades. Mas em sua memória, vamos seguir lutando. Lutando para que as circunstâncias de sua morte sejam investigadas.
Queremos que a Justiça faça seu trabalho e tudo seja devidamente apurado”, diz nota divulgada nas redes sociais.
A ONG Gastromotiva, local em que Danielly concluiu o curso de formação básica em cozinha, afirmou que ela deixa um legado de ‘resistência, solidariedade e afeto por meio da gastronomia’.
“Danny era uma mulher trans, sonhadora e uma profissional incansável que acreditava na cozinha como ferramenta de transformação -como nós acreditamos. Sua partida brutal escancara, mais uma vez, a violência que insiste em ceifar vidas trans no Brasil.”