A principal agência de inteligência dos Estados Unidos, a CIA, cortará 1.200 postos de trabalho, informou o Washington Post nesta sexta-feira (2), dia em que a Casa Branca apresentou um projeto de orçamento austero.
O governo do presidente Donald Trump comunicou aos congressistas que o corte de empregos na CIA será realizado ao longo de vários anos, sem demissões, escreve o jornal americano.
Um porta-voz da agência de inteligência não confirmou as cifras, mas disse que seu diretor, John Ratcliffe, “avança rapidamente para assegurar que o pessoal da CIA cumpra com as prioridades de segurança nacional estabelecidas pela administração”.
Essas mudanças deveriam “situar a CIA em uma melhor posição para realizar suas missões”.
No início deste ano, a CIA se tornou a primeira das agências de inteligência americanas a propor cortes, em resposta ao desejo de Trump de suprimir milhares de funcionários para reduzir o papel do governo federal.
Não se sabe quantos funcionários tem a CIA e qual é seu orçamento.
A informação divulgada em 2013 por Edward Snowden, um ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional americana (NSA) que fez vazamentos, revelou um total de aproximadamente 21 mil funcionários.
Segundo o Washington Post, os cortes também vão afetar a NSA, outra agência de inteligência especializada em escutas e ciberespionagem.
A Casa Branca revelou nesta sexta-feira o primeiro esboço do orçamento para o segundo mandato de Trump, um plano que reduz os programas contrários às suas ideias conservadoras. Apenas estarão a salvo os gastos militares e de segurança doméstica.
© Agence France-Presse