Wall Street encerra a semana em alta

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A Bolsa de Valores de Nova York fechou em alta nesta sexta-feira (2), impulsionada por um sopro de otimismo após a publicação de dados sobre o emprego nos Estados Unidos melhores que o previsto e a possibilidade de negociações comerciais entre Washington e Pequim.

O Dow Jones subiu 1,39%, o índice Nasdaq avançou 1,51% e o ampliado S&P 500, 1,47%, apagando todas as suas perdas desde 2 de abril, dia em que Donald Trump anunciou um ‘tarifaço’ que afetou os parceiros comerciais dos  Estados Unidos.

Antes do início das cotações, a publicação dos dados de emprego em abril “teve o efeito de uma bomba […] Wall Street foi tranquilizada sobre a solidez da economia”, avaliou Jose Torres, da Interactive Brokers.

Este indicador mostra que “os dados econômicos concretos seguem sem corroborar os piores temores do mercado sobre as tarifas”, acrescentou à AFP Patrick O’Hare, da Briefing.com.

A taxa de desemprego permaneceu estável em 4,2% em abril, informou o Departamento do Trabalho.

A maior economia do mundo criou 177.000 postos de trabalho no mês passado, abaixo dos 185.000 de março, mas acima dos 133.000 projetados pelo mercado, segundo o consenso de analistas publicado por MarketWatch.

Estes são os primeiros dados oficiais sobre o emprego após o anúncio de Trump de uma série de tarifas cobradas de produtos importados para os Estados Unidos.

“Ainda não captou todo o impacto real das tarifas”, afirmou O’Hare.

Mas “o mercado se permite adotar uma abordagem otimista, sabendo que há muitas negociações comerciais em curso”, acrescentou.

A China afirmou, nesta sexta, que avalia uma proposta de negociação dos Estados Unidos sobre a guerra comercial, mas insistiu em que o país norte-americano deve retirar em primeiro lugar as tarifas que abalaram a economia mundial.

Trump assegura que há boas chances de chegarem a um acordo.

O Japão, por sua vez, exaltou o que chamou de “conversas francas e construtivas” com o governo Trump, em um momento em que Tóquio prepara possíveis concessões e evoca a arma dos títulos do Tesouro.

À medida que o otimismo ganha terreno nos Estados Unidos, “os operadores se inclinam pelos ativos de risco, ao comprar ações em todos os setores […], embora reduzindo sua exposição à moeda americana aos títulos do Tesouro”, avaliou o analista Torres.

No mercado, as taxas de juros dos títulos americanos com vencimento em dez anos subiram para 4,31%, contra 4,22% no fechamento de quinta-feira.

© Agence France-Presse

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