Jorge Jesus foi demitido do Al-Hilal. Após a eliminação para o Al-Ahli na semifinal da Liga dos Campeões da Ásia, o técnico português perdeu o cargo — e, com isso, colocou mais lenha na fogueira da indefinição da CBF sobre quem será o próximo técnico da Seleção Brasileira.
A demissão de Jesus, que até pouco tempo era apenas o plano C, reaqueceu os bastidores da CBF. Carlo Ancelotti sempre foi o plano A, Abel Ferreira virou o plano B — e agora, com o italiano fora dos planos e Abel envolvido com o Mundial de Clubes pelo Palmeiras, Jorge Jesus pode acabar herdando o protagonismo. Mas ninguém sabe ao certo. A única certeza é que Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, parece mais perdido do que nunca. Diante de tanta hesitação, já tem gente achando que ele é capaz de ressuscitar o nome de Dunga ou até ligar para Luxemburgo.
Enquanto a Seleção segue sem técnico há mais de um mês, o mercado gira. Jorge Jesus está livre — e com um currículo respeitável. Campeão saudita, da Copa do Rei e da Supercopa em sua segunda passagem pelo Al-Hilal, ele bateu um recorde impressionante: 34 vitórias consecutivas. Foi parar no Guinness Book. Entrou para a história. Mas o futebol, como se sabe, não vive do passado. Bastaram dois ou três tropeços para que a diretoria árabe o colocasse na rua.
Não é novidade. É o ciclo natural da bola. Já aconteceu com Jorge Jesus, com Abel Ferreira (alvo recorrente de cornetas palmeirenses mesmo em meio a títulos), com quase todos. O futebol é ingrato. E a CBF, hoje, é indecisa.
Falta pulso firme em quem deveria comandar. A Seleção segue sem rumo. E Ednaldo segue com a cabeça embrulhada — agora com o tempero extra de um Mister disponível no mercado.