Lady Gaga está de volta ao Brasil e promete emocionar os fãs com um show gratuito neste sábado, 3 de maio, em Copacabana, no Rio de Janeiro.A apresentação marca um momento especial, já que sua última visita ao país estava programada para 2017, mas precisou ser cancelada em cima da hora devido a uma crise severa de fibromialgia.Na época, a cantora se desculpou publicamente nas redes sociais, lamentando profundamente sua ausência e revelando que estava fisicamente incapaz de se apresentar. Desde então, tornou-se das principais vozes na conscientização sobre essa condição de saúde. A fibromialgia é uma síndrome crônica que causa dores generalizadas, especialmente em músculos e tendões, acompanhadas de fadiga extrema, distúrbios do sono, ansiedade e dificuldades cognitivas.No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, ela pode prejudicar até as tarefas mais simples do dia a dia. O diagnóstico é clínico, feito com base em pontos sensíveis no corpo – o paciente precisa relatar dor em pelo menos 11 de 18 pontos testados.Gaga chegou a fazer uma pausa na carreira em 2017 para focar em sua saúde e, em entrevista a Oprah Winfrey em 2020, contou que passou a fazer terapia comportamental dialética (DBT), uma técnica voltada para lidar com fortes oscilações emocionais.Apesar da visibilidade que Lady Gaga deu à fibromialgia, ela está longe de ser a única celebridade a conviver com a doença. Outros nomes conhecidos do público também enfrentam dores invisíveis semelhantes. Morgan Freeman revelou publicamente que convive com fibromialgia, uma condição que desenvolveu após um grave acidente de carro em 2008. Na ocasião, seu veículo capotou várias vezes no Mississippi, resultando em múltiplas fraturas no braço, ombro e cotovelo esquerdos.Mesmo após cirurgias para reparar os danos, Freeman continuou a sentir dores intensas, especialmente no braço esquerdo, levando ao diagnóstico de fibromialgiaAté mesmo ícones históricos enfrentaram a síndrome. A artista mexicana Frida Kahlo, conhecida por sua vida de dores e sofrimento físico, é frequentemente citada por estudiosos como uma possível vítima de fibromialgia pós-traumática, embora nunca tenha sido oficialmente diagnosticada.Mas a fibromialgia não é a única doença crônica que permeia o mundo das celebridades. O lúpus, uma enfermidade autoimune, também acomete nomes conhecidos. Essa doença pode afetar diversos órgãos, incluindo pele, articulações, rins e cérebro.Ela atinge, em sua maioria, mulheres, e não tem cura, embora o tratamento possa controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.A cantora Selena Gomez é uma das celebridades que mais falaram abertamente sobre o lúpus. Em 2015, ela revelou seu diagnóstico ao público e, mais tarde, passou por um transplante de rim como parte do tratamento. Seu depoimento público ajudou a dar visibilidade à gravidade da doença.No Brasil, a apresentadora Astrid Fontenelle também falou com coragem sobre o lúpus. Diagnosticada em 2012, ela revelou que toma mais de 45 comprimidos por dia para controlar os sintomas.Curiosamente, Lady Gaga também revelou, em 2010, ter um diagnóstico genético de lúpus, embora nunca tenha desenvolvido os sintomas da doença até o momento. Esse histórico familiar, somado à fibromialgia, reforça o quanto o corpo da artista vive sob constante vigilância médica.Outros nomes importantes como Seal, Michael Jackson e Toni Braxton também fazem parte dessa lista de celebridades afetadas pelo lúpus.Seal, por exemplo, tem marcas visíveis no rosto causadas pela doença, além de ter perdido cabelo. Em uma entrevista de 2009, contou que recebeu o diagnóstico aos 21 anos.Michael Jackson, por sua vez, foi diagnosticado com lúpus e vitiligo entre o fim dos anos 1970 e início dos anos 1980, com apoio de seu dermatologista. O ícone do pop faleceu em 2009.Já Toni Braxton descobriu a doença após ser hospitalizada com fortes inflamações. Desde então, ela tem se engajado em campanhas de conscientização sobre o lúpus.A vinda de Lady Gaga ao Brasil neste sábado, portanto, carrega um simbolismo que vai além da música e da performance. É o retorno triunfal de uma artista que já foi impedida pela dor de se apresentar aos fãs brasileiros.Hoje, ela volta não apenas como estrela do pop, mas também como símbolo de resistência e representatividade para milhões de pessoas que convivem com doenças crônicas silenciosas, muitas vezes invisíveis aos olhos da sociedade.Ao compartilhar sua dor e seu tratamento, Gaga e outros artistas mostram que vulnerabilidade não é fraqueza – é força. O show em Copacabana também representa uma celebração da vida, da arte e da força de quem convive com dores que nem sempre são compreendidas.