A vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo da Paraíba, nesta quinta-feira (1º), pela terceira fase da Copa do Brasil, entrou para a história não apenas pelo placar apertado, mas por uma polêmica fora de campo e uma bilheteria digna de Copa do Mundo: o jogo realizado no Castelão, em São Luís (MA), rendeu R$ 4,6 milhões e se tornou a maior arrecadação da história do futebol nordestino, com ingressos chegando a até R$ 900.
A partida originalmente seria disputada no Estádio Almeidão, em João Pessoa, mas os valores abusivos dos ingressos — entre R$ 300 e R$ 500 — geraram revolta da torcida local e intervenção do Procon. Pressionado, o Botafogo-PB optou por vender o mando de campo a um grupo de empresários do Maranhão, que bancaram, segundo dados não oficiais, por cerca de R$ 6 milhões para levar o duelo outro estado.
E deu certo. Mais de 35 mil torcedores foram ao Castelão, transformando o confronto em um fenômeno de arrecadação. O episódio reforça não apenas o apetite financeiro que envolve o Flamengo, mas confirma uma realidade já consolidada: o Rubro-Negro é também o time de maior torcida do Nordeste.
Os dados comprovam. Entre as três maiores rendas da história da região, todas têm o Flamengo como protagonista. Além da bilheteria recorde desta semana, o clube aparece no segundo lugar com o jogo contra o Altos-PI, pela Copa do Brasil de 2022 (R$ 3,64 milhões), e em terceiro com o confronto diante do Fortaleza, no Castelão do Ceará, em 2023 (R$ 3,03 milhões).
Agora é no Maraca
Com o resultado positivo “fora de casa”, o Flamengo decide a classificação no Maracanã, no próximo dia 21 de maio. Antes, o técnico Filipe Luís foca em outras frentes: Brasileirão e Libertadores. O próximo compromisso é no domingo (4), contra o Cruzeiro, no Mineirão.