
Após registrar 43 mortes nos últimos três anos, o Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth está desde de novembro de 2024 sem registro de morte materna na unidade. Com 19 óbitos em 2022, 14 em 2023 e 13 em 2024, a redução do índice é uma meta prioritária da Secretaria de Saúde (Sesau).
A mortalidade materna é o óbito de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o parto, aborto ou nascimento, por causas relacionadas ou agravadas pela gravidez. As causas mais recorrentes nos últimos anos, de acordo com a Sesau, são eclâmpsia, septicemia, infecções puerperais, hemorragias, insuficiencia renal aguda ou choque hipovolêmico.
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De maio de 2015 à outubro de 2024, foram registrados 125 óbitos maternos no HMI. Segundo a Sesau, muitas pacientes apresentavam quadros agravados por ausência de pré-natal, doenças crônicas não controladas e complicações pós-parto. Durante a pandemia de Covid-19, o número de mortes aumentou consideravelmente.
“Esses fatores reforçam a importância do acompanhamento pré-natal e da estrutura hospitalar pronta para atuação imediata em casos graves. Nossa maternidade tem um time de excelentes profissionais, que engajados, estamos fazendo a diferença nos indicadores”, explica o diretor-geral do HMI, enfermeiro obstetra Manuel Roque.

A Maternidade passou por uma reforma concluída em setembro de 2024, com 294 leitos de enfermaria, 68 leitos de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e seis de UTI Materna, além de blocos organizados conforme a situação clínica das pacientes, como o Bloco Orquídeas, voltado para gestantes em trabalho de parto, e o Bloco Girassóis, que recebe casos de alto risco.
A unidade também oferece exames de imagem e laboratoriais, Banco de Leite Humano com certificação nacional, Casa da Gestante com estrutura adequada para mães que precisam acompanhar o bebê na UTI neonatal, atendimento de odontologia, psicologia, serviço social, vacinação e os testes de triagem neonatal (pezinho, olhinho, coraçãozinho e orelhinha), entre outros serviços.
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