As forças militares dos Estados Unidos atacaram mais de 1.000 alvos no Iêmen desde que Washington lançou uma campanha aérea contra os rebeldes huthis em meados de março, disse o Pentágono nesta terça-feira (29).
Os huthis, que controlam vastas áreas do Iêmen, começaram a atacar embarcações no Mar Vermelho e no Golfo de Áden no final de 2023, alegando solidariedade com os palestinos em Gaza, devastada pelo exército de Israel após um ataque surpresa do Hamas em outubro daquele ano.
Também atribuem regularmente lançamentos de mísseis diretamente a Israel, que afirma interceptá-los.
Desde 15 de março, “os ataques do Centcom [comando militar americano para o Oriente Médio] atingiram mais de 1.000 alvos, matando combatentes e líderes huthis (…) e degradando suas capacidades”, declarou nesta terça, em comunicado, Sean Parnell, um porta-voz do Pentágono.
No domingo, o Centcom havia estimado em mais de 800 os alvos atingidos desde meados de março e garantiu que centenas de combatentes huthis haviam morrido como consequência.
Horas após esse anúncio, meios de comunicação controlados pelos huthis afirmaram que os ataques americanos haviam atingido um centro de detenção de migrantes na cidade de Saada, matando pelo menos 68 pessoas, enquanto um porta-voz da ONU disse mais tarde que as informações preliminares indicavam que os mortos eram migrantes.
Segundo um funcionário da Defesa dos Estados Unidos, as baixas civis desses ataques estão sendo investigadas.
Os ataques dos huthis, apoiados pelo Irã, impediram o trânsito de navios pelo Canal de Suez, uma rota vital que normalmente transporta cerca de 12% do tráfego marítimo mundial.
© Agence France-Presse