Foto: REUTERS/Adriano Machado
O presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, sinalizou nesta terça-feira (29) que a autoridade monetária irá elevar a taxa básica, a Selic, na próxima semana. Segundo ele, o juro base ficará em patamar restritivo “suficiente” e pelo tempo necessário para cumprir a meta de inflação.
Galípolo concede entrevista a jornalistas sobre o Relatório de Estabilidade Financeira do 2º semestre de 2024. A autoridade monetária disse que os 4 bancões –Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Itaú– detêm 57,9% das operações de crédito do país. Declarou que, no 2º semestre de 2024, o crédito avançou em modalidades de maior risco.
Segundo Galípolo, o Brasil segue uma dinâmica de inflação desafiadora, o que justifica a “extensão do ciclo” de reajuste da taxa básica, a Selic. Atualmente, o juro base está em 14,25% ao ano. Afirmou que o Banco Central está “atento” ao que já foi feito de reajustes nos juros e que o efeito do aperto monetário será sentido ao longo do tempo.
O presidente do BC afirmou que o ambiente econômico é de incerteza que demanda cautela. Declarou que é papel do Copom (Comitê de Política Monetária) estabelecer a taxa Selic em patamar restritivo pelo “tempo que for necessário” para levar a inflação à meta.
A autoridade monetária já declarou que a desaceleração da economia é um “elemento necessário” para a inflação convergir para a meta de 3%. Galípolo disse que não há nenhum “desconforto” com o patamar da meta, que não difere de países semelhantes.
Poder 360
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