
Um apagão de grandes proporções deixou Portugal, Espanha e outros países da europa às escuras nesta segunda-feira, provocando interrupções em serviços essenciais e gerando preocupação entre autoridades e cidadãos. O primeiro-ministro Luís Montenegro declarou, no fim da noite, que cerca de 80% do fornecimento de energia já havia sido restabelecido e garantiu que os geradores de emergência entraram em operação de forma rápida.
Em comunicado à imprensa, o governo informou ter solicitado uma auditoria técnica urgente para apurar as causas da falha elétrica em larga escala. Montenegro não descartou a possibilidade de um ataque cibernético, embora tenha apelado à prudência enquanto não houver conclusões definitivas. “Estamos a trabalhar com todas as entidades competentes, incluindo forças de segurança e peritos internacionais, para compreender o que aconteceu”, afirmou.
A E-Redes, operadora da rede de distribuição, comunicou que até à meia-noite de terça-feira 424 subestações estavam parcialmente operacionais, fornecendo energia a aproximadamente 6,2 milhões de clientes. A empresa também destacou que a recuperação está a decorrer de forma gradual e que os sistemas de contingência funcionaram conforme o previsto.
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Diante de especulações que circularam nas redes sociais e em alguns meios de comunicação, a REN (Redes Energéticas Nacionais), empresa responsável pela gestão global do sistema elétrico em Portugal, negou que o apagão tenha sido causado por um fenômeno atmosférico raro que teria afetado a rede elétrica espanhola. Em nota oficial divulgada ainda na noite de segunda-feira (28), a REN afirmou que “não procede a informação de que a ocorrência esteja relacionada com qualquer evento meteorológico incomum na Península Ibérica”.
O apagão afetou não apenas residências, mas também hospitais, transportes públicos e comunicações. Em Lisboa e no Porto, várias estações de metro interromperam o serviço durante a tarde, enquanto hospitais ativaram geradores próprios para manter o funcionamento de unidades críticas.
Fontes ligadas ao setor de energia indicaram que falhas em cascata na rede elétrica podem ter sido provocadas por sobrecarga ou sabotagem remota, mas ainda não há confirmação oficial. A Autoridade Nacional de Segurança Cibernética foi acionada e está a colaborar na investigação.
A expectativa é que a auditoria traga respostas preliminares nos próximos dias. Enquanto isso, o governo reiterou que está preparado para reforçar a segurança energética e digital do país, caso seja comprovado algum tipo de interferência externa.
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