Nos últimos anos, o minimalismo tem ganhado espaço nas redes sociais, nas vitrines de lojas e nos lares de quem busca uma vida mais simples e intencional. Mas afinal, estamos diante de uma verdadeira transformação de estilo de vida ou apenas de mais uma tendência passageira?
O que é o minimalismo?
O minimalismo, na essência, é a prática de viver com menos — menos objetos, menos distrações, menos excessos — com o objetivo de dar mais espaço ao que realmente importa. Ele se manifesta de várias formas: no consumo consciente, na arquitetura, na decoração, no vestuário e até nas relações pessoais.
“Ser minimalista não é ter uma casa branca com poucos móveis. É entender o que é essencial para você e eliminar o que é supérfluo”, explica a designer e consultora em estilo de vida sustentável, Camila Ribeiro.
Crescimento impulsionado por crises
A popularização do minimalismo coincidiu com um cenário de instabilidade global. Crises econômicas, a pandemia e o aumento da conscientização ambiental impulsionaram o interesse por estilos de vida mais sustentáveis e introspectivos.
Além disso, documentários como Minimalism (Netflix) e autores como Marie Kondo e Joshua Becker ajudaram a difundir a ideia de que “menos é mais”.
Moda ou mudança de paradigma?
Especialistas apontam que, embora o minimalismo tenha se tornado uma “marca” nas redes sociais — muitas vezes estetizado com fotos de casas perfeitamente organizadas e paletas neutras — ele pode, sim, representar uma mudança mais profunda.
“O risco é quando o minimalismo vira mais um produto a ser vendido, com regras e estéticas que excluem quem não pode ou não quer seguir esse padrão”, alerta a socióloga Mariana Lima, que pesquisa comportamento e consumo. “Mas quando adotado com consciência, ele pode ser um poderoso instrumento de liberdade.”
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