A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, classificou como “hostil” e um “ato político”, nesta terça-feira (29), que a Amazon expresse o seu desejo de detalhar o impacto das tarifas nos preços dos produtos que oferece em sua plataforma.
Até o momento, a gigante do varejo on-line não confirmou a intenção de publicar o impacto das tarifas alfandegárias.
Segundo o Punchbowl News, a empresa em breve começará a mostrar “quanto o preço de cada produto sobe devido às tarifas de Trump”, detalhando o valor dos impostos sobre cada item, disse o jornal online, citando uma fonte próxima ao grupo.
A Amazon não respondeu às perguntas da AFP.
Após sua posse em janeiro, o presidente Donald Trump impôs uma tarifa universal de 10% sobre a maioria dos países. Também delimitou taxas mais altas a dezenas de Estados, mas as suspendeu por 90 dias para estabelecer negociações comerciais.
A Casa Branca impôs tarifas altas à China e a alguns setores, como alumínio, aço e indústria automotiva.
Pequim respondeu com taxações sobre os produtos americanos.
A incerteza gerada por esta aplicação tarifária abalou os mercados financeiros.
Não se sabe o que acontecerá com a política tarifária do magnata republicano, mas as empresas americanas já estão sentindo o impacto.
A gigante da entrega de pacotes UPS anunciou nesta terça-feira que planeja cortar 20.000 empregos em todo o mundo até 2025, após uma queda significativa nos negócios da Amazon, seu maior cliente.
De acordo com a presidente e CEO da UPS, Carol Tomé, a empresa, que tinha cerca de 490.000 funcionários até o final de 2024, está tomando medidas para “reconfigurar” suas operações em reação a um “ambiente de negócios em transformação”.
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