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A Amazon, liderada pelo bilionário Jeff Bezos, lançou, na última segunda-feira, 28 de abril, os primeiros satélites Kuiper.
Essa iniciativa visa oferecer conexão à internet de alta velocidade a partir do espaço, competindo diretamente com o serviço Starlink, desenvolvido pelo também bilionário Elon Musk.
O lançamento dos 27 satélites ocorreu a partir do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, utilizando um foguete Atlas V da United Launch Alliance (ULA), uma joint venture entre Boeing e Lockheed Martin.
Com um investimento superior a 10 bilhões de dólares, o Projeto Kuiper está projetado para incluir mais de 3.200 satélites em sua rede, que deverá ser operada a partir de 2025.
A proposta da Amazon é fornecer acesso à internet em áreas remotas e até mesmo em regiões afetadas por conflitos ou desastres naturais.
Embora o custo do serviço ainda não tenha sido definido, a empresa se compromete a manter preços acessíveis, em linha com sua estratégia comercial de oferecer produtos a preços competitivos.
Starlink e Kuiper
Atualmente, sua concorrente, a Starlink, já conta com cerca de 6.750 satélites em órbita e tem consolidado sua posição como líder no setor de internet via satélite.
O serviço foi utilizado em diversas situações emergenciais, incluindo intervenções após desastres naturais como terremotos e incêndios florestais.
O sucesso da Starlink destaca não apenas a capacidade técnica de Elon Musk, mas também sua influência na definição das políticas espaciais atuais.
Diferente das tradicionais telecomunicações via satélite que operam com grandes satélites em órbita geoestacionária (a mais de 35.000 km da Terra), tanto o Kuiper quanto o Starlink utilizam uma rede de satélites em órbita baixa.
Isso possibilita uma latência significativamente menor nas transmissões de dados e permite cobrir áreas onde as infraestruturas terrestres são insuficientes ou inviáveis.
Risco de colisões entre satélites
No entanto, a rápida expansão dessas constelações levanta preocupações sobre o congestionamento da órbita terrestre baixa.
A competição acirrada entre as empresas pode resultar em um aumento do risco de colisões entre satélites e interferir nas observações astronômicas.
Além disso, questões de soberania estão sendo debatidas, especialmente considerando o crescente papel político exercido por Musk, que se tornou um conselheiro próximo do ex-presidente Donald Trump.
O cenário competitivo no setor promete intensificar ainda mais à medida que novos jogadores entram no mercado, como Eutelsat e Guowang da China.
O Antagonista
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