A Justiça de Roraima absolveu H.S.S.S., nessa segunda-feira (28), acusada de envolvimento na tentativa de homicídio de Adriyell Pinheiro dos Santos, ocorrida em 2013, no bairro Jardim Tropical, em Boa Vista. Na época, ela era companheira de Gilson Viana Gomes, ex-policial militar condenado há mais 50 anos por homicídio e que morreu em um garimpo na Terra Yanomami no ano passado.
Gilson também era réu no processo. Conforme a denúncia, ele e H.S.S.S. teriam perseguido Adriyell após uma acusação de furto de materiais de construção. Durante a abordagem, Gilson desceu armado do carro e efetuou seis disparos contra a vítima, que conseguiu se proteger dentro de casa. A mulher conduzia o veículo e foi denunciada por coautoria no crime. Adriyell morreu no decorrer do processo.
No julgamento, a defesa sustentou que ela não teve participação ativa na ação. O advogado Gustavo Hugo afirmou que a absolvição foi fundamentada na verdade apresentada ao Judiciário.
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“Esta mulher não participou de nenhuma forma da tentativa de homicídio contra aquele jovem. Ela foi absolvida com base na verdade que transmitimos, sem mentiras, sem injustiças, sem espetacularização e com muita humildade”, afirmou.
Extinção da punibilidade
Gilson Viana Gomes não chegou a ser julgado nesse processo. O Tribunal do Júri de Boa Vista decretou a extinção da punibilidade do ex-policial com base no artigo 107, inciso I, do Código Penal, que trata da morte do réu como causa para encerramento da ação penal. A decisão levou em conta documentos oficiais que confirmaram o falecimento, dispensando a certidão de óbito.
Gilson foi morto em dezembro de 2024 no garimpo do Rangel, na Terra Yanomami, onde estava foragido da Justiça desde outubro do mesmo ano. Ele havia sido condenado a quase 50 anos de prisão por homicídios e era suspeito de atuar como pistoleiro em áreas de garimpo ilegal.
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