Casos de malária caem 45,2% em Roraima e Boa Vista não registra infecções em 2025

Por fazer parte da Amazônia Legal, Roraima é um estado endêmico para malária, o que requer emprego de ações de vigilância e controle da malária – (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

Em Roraima, o número de casos de malária apresentou uma queda de 45,2% no primeiro trimestre de 2025, com 4.795 notificações, comparado aos 8.749 registrados no mesmo período de 2024. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde (MS).

No município de Boa Vista, os dados são ainda mais positivos. Desde janeiro deste ano, não foram registrados casos autóctones da doença, ou seja, infecções contraídas dentro do município. Este cenário é um avanço em relação a 2024, quando 30 infecções locais foram confirmadas entre janeiro e abril.

Segundo Creomar Oliveira, supervisor geral de Malária em Boa Vista, os casos positivos verificados recentemente são de pacientes que contraíram a doença em outras regiões do estado. “Estamos acompanhando de perto e intensificando a vigilância em áreas de maior risco”, afirmou Oliveira.

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Redução nacional e novas estratégias de tratamento

Foto: Rodrigo Santos/SES-AM

No Brasil, os dados também são animadores. O Ministério da Saúde reportou uma redução de 26,8% nos casos de malária no primeiro trimestre de 2025, com 25.473 infecções confirmadas, em comparação com 34.807 casos no mesmo período de 2024.

A diminuição nos números de malária no país é atribuída ao avanço de estratégias de tratamento e ao uso da tafenoquina, medicamento de dose única eficaz no combate à malária por Plasmodium vivax. Desde sua introdução, o medicamento tem sido utilizado em 49 municípios da Amazônia Legal e em 9 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).

A meta, segundo o MS, é expandir o acesso à tafenoquina para todo o território nacional até 2026. Além disso, cerca de 3 mil profissionais de saúde foram capacitados, e mais de 7 mil pessoas já receberam o novo tratamento.

Tafenoquina em Roraima

Em março de 2025, profissionais da saúde de Roraima, de acordo com a Secretaria de Saúde (Sesau), receberam treinamento para o uso da tafenoquina prevendo que o estado seria o primeiro do Brasil a implementar a medicação em todo o seu território. O coordenador Nacional de Eliminação da Malária, Alexander Vargas, explicou que o medicamento é considerado um avanço no tratamento da malária vivax, reduzindo o tempo de tratamento e aumentando a adesão dos pacientes.

“Antes, o tratamento durava sete dias. Agora, com a tafenoquina, é feito em dose única, junto com três dias de cloroquina, o que melhora a adesão e evita recaídas”, destacou Vargas.

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