
Projetos de pesquisa como o de monitoramento da mortalidade materna mostram o impacto direto da inovação na melhoria da saúde pública em Santa Catarina. (Foto: Arquivo Fapesc)
Santa Catarina está prestes a encerrar as inscrições para a 8ª edição do Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS). Com prazo final marcado para 30 de abril, o edital nº 09/2025 da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) oferece apoio financeiro para pesquisadores que busquem desenvolver soluções para desafios na saúde pública.
Com um investimento total de R$ 12 milhões — sendo R$ 2 milhões da Secretaria de Estado da Saúde, R$ 2 milhões da Fapesc e R$ 8 milhões do Ministério da Saúde. Cada proposta selecionada receberá até R$ 200 mil. — o PPSUS tem como objetivo fomentar soluções para as áreas prioritárias de saúde por meio da seleção de projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação que promovam significativa contribuição para o desenvolvimento e a melhoria da qualidade da atenção à saúde no Estado de Santa Catarina no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
O edital apresenta três eixos temáticos: Vigilância em Saúde, Atenção à Saúde ou Processos Estruturantes, sendo que cada eixo possui linhas de pesquisa específicas. No total, são 38 linhas de pesquisa, divididas em três eixos temáticos. O programa visa incentivar o desenvolvimento de soluções locais e promover a colaboração entre instituições de pesquisa, setor privado e setores públicos.
Os projetos aprovados serão divulgados em 18 de julho de 2025. Os pesquisadores selecionados poderão contribuir para a implementação de novos modelos de atenção à saúde, além de colaborar com a Política Estadual de Saúde (PES).
Os interessados em participar devem submeter seus projetos por meio do site da Fapesc.
Exemplo de Sucesso: Inovação no Monitoramento da Mortalidade Materna
Um exemplo do impacto positivo do PPSUS em Santa Catarina é o projeto da professora Rita de Cássia Teixeira Rangel, da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), contemplada na edição 16/2020 do programa. Intitulado “Mortalidade Materna: Controle e Prevenção da Hemorragia no Terceiro Período do Parto”, o projeto visa monitorar gestantes e prevenir complicações hemorrágicas graves, uma das principais causas de mortalidade materna.
A professora Rangel desenvolveu um aplicativo inovador que permite às maternidades catarinenses monitorarem os fatores de risco das gestantes desde a admissão na sala de parto. A ferramenta possibilita uma avaliação detalhada das condições da paciente, ajudando a identificar riscos de complicações hemorrágicas e oferecendo suporte adequado para evitar que esses problemas evoluam para emergências.
“A saúde das gestantes é uma prioridade, e com o aplicativo, podemos prevenir complicações graves de forma mais eficiente, salvando vidas e garantindo uma melhor qualidade de atendimento nos momentos mais críticos”, conclui a professora.
Este projeto é um exemplo do impacto direto da inovação tecnológica na saúde pública catarinense, mostrando como a colaboração entre pesquisa, tecnologia e saúde pode transformar o atendimento e salvar vidas.
Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC)
Gizely Campos / [email protected]
Telefone: (47) 99104-6738